[Hands-on] Nokia 720 e 520: completando o pacotão de ofertas da Nokia
Stephen Elop subiu ao palco hoje, na Mobile World Congress, para falar de um pacote de novos aparelhos da Nokia. Um Asha (a linha de “smartphones” mais vendida da empresa) e dois Windows Phone 8, que se encaixam no bolo atual composto pelos Lumias 620, 820 e 920.
Os novos Lumias
Confirmando os vazamentos, os dois aparelhos com WP8 são o Lumia 520 e o Lumia 720. Com a escadinha de números completa, dá para imaginar o que esperar dos dois. E colocamos nossas mãos neles para confirmar a sensação.
O 520, por exemplo, não é só espiritualmente “o Windows Phone 8” mais barato da Nokia. Com ele nas mãos, você sente que ele é o mais básico dos aparelhos da empresa — apesar de ter a hereditariedade de boa construção dos aparelhos da Nokia. Ele tem tela de 4 polegadas com resolução de 480×800 pixels, câmera de 5 MP e 8GB de espaço interno. Tem boa pegada, não é tão parrudo quanto o 920, por exemplo, e pode fazer as vezes de “primeiro smartphone”.
Básico em um mundo de telas de 1080p e câmeras absurdas, mas é o tipo de aparelho que a Nokia precisa para fazer o tal “ano da virada”. O principal motivo é o preço: o 520 chega ainda no primeiro trimestre por um preço médio de 139 euros, segundo Elop. Para efeito de comparação, o Lumia 920 custa 649 euros em vários países da Europa. E a Nokia diz que a América Latina estará entre os primeiros continentes a recebê-lo. Dado o discurso do presidente da Nokia no Brasil, acreditamos que ele estará aqui em breve — e até arriscamos um preço: 599 reais.
Lumia 520 e Lumia 720: vine.co/v/bgdDrj9LOY0
— GizmodoBR (@GizmodoBR) February 25, 2013
Já o Lumia 720 é, como se espera, mais poderoso — e atraente. A tela tem 0,3 polegadas a mais do que o 520 e mantém a mesma resolução, mas a opção por uma tela de IPS com tecnologia ClearBack faz uma senhora diferença. Como o Windows Phone 8 é um sistema com cores chapadas, extremamente visual, fica mais claro do que o normal a diferença entre tecnologias de tela — compare um Lumia 620 com o Lumia 920 em alguma loja e entenda.
Além da bela tela, o 720 é bem construído, em peça única, e é o primeiro Windows Phone da Nokia feito em única peça e com entrada para cartão microSD. A câmera tem incomuns 6,7 MP, mas a Nokia diz que o sensor é o mesmo do Lumia 920, e que os resultados das lentes Carl Zeiss no aparelho são sensacionais. Teremos que fazer alguns testes mais aprofundados para confirmar se isso é verdade, mas alguns rápidos cliques mostraram imagens interessantes.
Ele também chega no primeiro trimestre, mas a América Latina não apareceu como um dos primeiros mercados. O preço médio do aparelho será de 250 euros, o que o deixa numa situação curiosa pensando no Brasil: na Europa, ele custará metade do Lumia 820 (500 euros). No Brasil, metade do preço do 820 é menos do que é cobrado pelo Lumia 620. E agora? A Nokia terá que fazer algumas flexões — ou mudanças de preços.
Quem procura, Asha
Além dos Windows Phones, que naturalmente são destaques, a Nokia anunciou também um aparelho da linha Asha. Apesar de serem aparelhos de entrada, a Nokia os considera smartphones, e eles venderam milhões de unidades — o dobro da linha com Windows Phone no último trimestre, por exemplo. Por isso o interesse em aparelhos como o 301, lançado hoje: extremamente básico, com dois chips e a promessa de ser o primeiro a usar o Whatsapp pensado para dois números — e custando 65 euros.
E ainda há o 105, que não é um smartphone — é um celular básico do básico (deveria chamar 101). É o novo “mais básico” da Nokia, e para manter a tradição dos Nokias lanterninha infinitos e resistentes, ele custará 15 euros (!) e terá duração de bateria de até um mês por carga. Quase retrô, não?
Aqui, agora (e depois no Firefox)
Saindo do mundo dos aparelhos, o anúncio mais importante da Nokia foi a mudança do nome de seus serviços de mapas, navegação e afins: o que era Nokia Maps, Nokia Drive, Nokia City Lens, agora virou HERE Maps, HERE Drive, HERE City Lens, e por aí vai — e seria divertido se ele chamasse AQUI no Brasil, mas acreditamos que a marca será unificada com esse nome. O motivo da mudança é que isso facilita a adição de serviços da Nokia em aparelhos concorrentes — algo que deixará a Microsoft bem feliz, pensando no futuro do Windows Phone 8. Era estranho imaginar um Nokia Maps na HTC, mas agora isso não é mais problema (pelo menos na superfície, claro). O mais interessante é que a Nokia não pensa apenas no Windows Phone na hora de licenciar o uso de seus serviços: Stephen Elop anunciou que o Firefox OS, da Mozilla, usará mapas da Nokia. Ponto para a raposa.