Nova onda de Covid: taxa de positivos cresce mais de 500% em laboratórios privados
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou na última semana a presença de uma nova subvariante da Covid-19 no Brasil. A Ômicron BQ.1, como é chamada, já havia sido detectada no Amazonas em outubro e deixou recentemente sua primeira vítima no país.
Autoridades de São Paulo confirmaram a morte de uma mulher de 72 anos que havia sido infectada pelo vírus. A paciente, que ficou internada no Hospital São Paulo entre os dias 10 e 17 de outubro, apresentava comorbidades.
Não há confirmações se a variante em questão é responsável pelo aumento de casos no Brasil. De toda forma, o país parece estar entrando em uma nova onda, que pode fazer ainda mais vítimas caso não haja uma ampla campanha de vacinação.
Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) aponta que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares passou de 3% para 17% em menos de um mês. Para ter uma ideia, isso é equivalente a uma alta de 566%.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste parecem ser as mais afetadas, com destaque para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Porém, cientistas não descartam a possibilidade do Sars-CoV-2 voltar rapidamente a se espalhar pelo resto do país.
Não há indícios de que a Ômicron BQ.1 cause quadros mais graves do que as outras variantes. Por outro lado, ela parece apresentar um maior escape as vacinas, sendo assim mais transmissível.
Por conta disso, é importante que os brasileiros busquem os postos de saúde para atualizar suas carteiras de vacinação. Menos de 50% da população adulta recebeu ao menos uma dose de reforço. Para os pequenos de três e quatro anos, que já estão elegíveis para o imunizante, a porcentagem que recebeu as duas doses iniciais foi inferior a 5%.
Algumas cidades do Brasil já começaram a oferecer a quinta dose da vacina contra a Covid-19. Confira a situação do seu município e busque um posto de saúde caso seja elegível. Nesse momento, é recomendado que as pessoas voltem a utilizar máscaras em ambientes fechados, além de manter a higienização das mãos.