Nova Terra? Entenda por que o planeta TOI 700 é “zona habitável”
Provavelmente rochoso e com 95% do tamanho da Terra: esse é o planeta TOI 700 e, a nova descoberta da NASA com potencial para ser uma “zona habitável”. O astro foi identificado pelo satélite TESS e fica a 100 anos-luz da Terra.
Ele integra o sistema de planetas que orbita a estrela anã vermelha TOI 700. A descoberta foi anunciada durante a 241ª reunião da Sociedade Americana de Astronomia na cidade de Seattle, nos EUA, em 10 de janeiro.
Desde o anúncio, a comunidade científica respondeu de forma otimista sobre o novo planeta. Muitos chegaram a classificá-lo como a “nova Terra”. O motivo tem relação com o anúncio da NASA, que encontrou o planeta no espaço conhecido como “zona habitável” do sistema TOI 700.
“Zona habitável” é a região de uma galáxia onde há condições para a formação de água líquida na superfície dos planetas, em algum momento desde a formação. Isso faz com que se crie uma atmosfera ideal para a existência humana.
Na prática, é onde há elementos suficientes para desenvolver a vida – como a medida certa de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre. No sistema solar, a zona habitável fica no espaço entre Vênus e Marte (exatamente onde está a Terra).
Veja as características do TOI 700 e
- Localizado no sistema planetário TOI 700
- Está na constelação Dorado (a 100 anos-luz da Terra)
- Tem 95% do tamanho da Terra
- Provavelmente rochoso
- Leva 28 dias terrestres para completar sua órbita
- É uma estrela anã M (pequena, fria e comum no universo)
No caso do sistema TOI 700, os planetas parecem ser guiados por uma maré, o que sugere que eles têm um lado sempre voltado para a estrela “satélite”, assim como um lado da Lua sempre está voltado para a Terra.
Antes do TOI 700 e, o único “candidato” da zona habitável na galáxia vizinha era o planeta TOI 700 d, descoberto em 2020.
No mesmo sistema existem outros dois planetas: TOI 700 b e TOI 700 c. O primeiro tem 90% do tamanho da Terra e uma órbita de 10 dias terrestres. Já a versão “c” tem quase 2,5 vezes o volume da Terra e órbita de 16 dias.
Agora, a missão do satélite TESS deve continuar os estudos para tentar identificar se existe vida e quais são as outras características do planeta.
É diferente do 1º exoplaneta descoberto pelo James Webb
A descoberta do TOI 700 e pode ser confundida com o LHS 475 b, o primeiro exoplaneta confirmado pelo telescópio espacial James Webb. O vizinho tem 99% do diâmetro da Terra e fica a 41 anos-luz de distância, na constelação de Octans. Ele foi apresentado em 11 de janeiro, um dia depois do TOI 700 e.
As observações iniciais mostram que, por lá, a temperatura é centenas de graus mais alta que a da Terra e o céu forma muitas nuvens. Além disso, parece ser um planeta rochoso e com temperaturas centenas de graus acima do clima que existe na Terra.
Como está muito próximo de sua estrela, o mais provável é que a atmosfera seja extremamente densa, como a de Vênus, onde a vida humana é impraticável. Por isso, o exoplaneta não está na zona habitável.