Novo ciclone no Rio Grande do Sul pode trazer mais enchentes e inundações

Uma nova frente fria passará pelo Rio Grande do Sul nesta semana, o que pode gerar novos temporais, granizo e rajadas fortes de vento. O estado já registra 46 mortes e 25 mil desabrigados por causa da passagem de um ciclone na região.

A projeção da MetSul Meteorologia é que os acumulados sejam excessivos especialmente no centro, oeste e no sul do território gaúcho.

• O que se sabe sobre o alerta de ciclone em 5 estados do Brasil
• Satélite da NASA registra ciclone que devastou região da Ásia no domingo; veja

Este será o terceiro episódio de chuva excessiva no Rio Grande do Sul neste mês. Entre os dias 3 e 4, o estado registrou acumulados de chuva de 200 mm a 400 mm. No dia 7 de setembro, a chuva intensa voltou a castigar cidades do sul gaúcho, de parte do oeste e da região da Campanha.

Alagamentos e mais enchentes

Os volumes de chuva desta semana serão suficientemente altos para provocar alagamentos em áreas urbanas e rurais, além de inundações. Em resumo, volumes excessivos em poucas horas trazem ainda o risco de inundações repentinas localizadas.

Projeção mostra frente fria com chuva forte e temporais sobre o Uruguai, o Oeste e o Sul do Rio Grande do Sul, associada a um ciclone em formação no Leste da Argentina. Imagem: Metsul/Reprodução

Algumas estradas, particularmente municipais e rurais, devem se tornar intransitáveis com prováveis trechos e pontilhões cobertos pela água. Com a perspectiva de forte correnteza, trechos alagados devem se terminantemente evitados por motoristas sob perigo de acidentes fatais.

Prejuízo bilionário causado pelo ciclone

Além do impacto nas pessoas, o ciclone que atingiu o sul também gerou um grande prejuízo financeiro. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), as chuvas já causaram prejuízos R$ 1,3 bilhão.

A maior parte das perdas (R$ 423,8 milhões) foi registrada nos comércios locais. Por fim, agricultura (R$ 229,7 milhões), habitacional (R$ 175 milhões) e pecuária (R$ 93,4 milhões) foram os setores mais atingidos.