Satélite da NASA registra ciclone que devastou região da Ásia no domingo; veja

O ciclone Mocha, de categoria 5, deixou cerca de 700 feridos em Mianmar. Ele também atingiu Bangladesh, na Ásia
Satélite da NASA registra ciclone que devastou região da Ásia no domingo; veja
Imagem: Reprodução/NASA

Um satélite da NASA capturou imagens do poderoso ciclone de categoria 5 Mocha, enquanto se aproximava dos países Mianmar e Bangladesh, no último domingo (14). O fenômeno foi registrado pelo instrumento MODIS (Espectrorradiômetro de Imagem de Resolução Moderada, na sigla em inglês), do satélite Aqua.

Em Mianmar, cerca de 700 ficaram feridas, segundo o site Newsweek. O número de mortes não foi confirmado, mas deve aumentar devido à quantidade de cidadãos desaparecidos. Além da cidade portuária de Sittwe, os ventos atingiram os municípios vizinhos, causando fortes tempestades e inundações de até 1,5 metro.

Já em Bangladesh, onde o ciclone atingiu com menos força, não registrou nenhuma morte até o momento. Antes de o ciclone atingir a costa, ambos os países evacuaram centenas de milhares pessoas, ajudando a reduzir as vítimas do desastre. Confira as cenas abaixo:

Classificação do ciclone Mocha

Os ciclones são grandes tempestades rotativas que se formam sobre o oceano, assim como os furacões e tufões. Entretanto, eles se formam apenas no Pacífico Sul e no Oceano Índico, de acordo com a WMI (World Meteorological Institution).

Segundo o Departamento de Meteorologia de Mianmar, o Mocha atingiu rajadas de até 281 quilômetros por hora sobre o oceano e cerca de 209 km/h na cidade de Sittwe. Portanto, foi classificado como categoria 5 (acima de 252 km/h) sobre o oceano em sua velocidade máxima — apesar de ser uma tempestade de categoria 4 (entre 209 e 251 km/h) quando atingiu a costa.

Ciclones devem ficar mais fortes

O Mocha pode ter sido um dos ciclones mais fortes já registrados em Mianmar, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, em 14 de maio. Em 2008, o Nargis foi um dos piores desastres naturais do país, matando 140 mil pessoas.

Contudo, devido ao aumento das temperaturas da atmosfera, acredita-se que furacões, ciclones e tufões poderão se tornar mais fortes e frequentes no futuro. “Um estudo recente de colaboradores meus no Laboratório de Dinâmica de Fluidos Geofísicos da NOAA estimou recentemente que o número de tempestades de categoria 4 e 5 pode ser quatro vezes a média atual até o final do século”, disse o engenheiro ambiental da Universidade de Wisconsin-Madison, Daniel B. Wright.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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