Novo headset da Meta terá reconhecimento facial e ocular, diz Zuckerberg

CEO da Meta disse que vai anunciar o novo headset em outubro, durante o evento Connect
Novo headset de realidade virtual da Meta: o que sabemos até agora
Imagem: Oculus 2/Meta/Reprodução

Os planos de Mark Zuckerberg para o metaverso devem passar a uma nova fase em outubro, quando a Meta lança seu novo headset de realidade virtual. Em entrevista ao podcast Joe Rogan Experience, na última quinta-feira (25), o CEO da big tech confirmou que isso deve acontecer durante o evento Connect 2022

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O headset atualizado deve ser uma sequência do popular Oculus 2. Em julho, uma reportagem da Bloomberg apontou que o nome do equipamento seria Meta Quest Pro, com base na análise de código-fonte no app para iPhone. 

No Connect de 2021, Zuckerberg apontou para um headset chamado Project Cambria – equipamento híbrido AR/VR capaz de combinar vídeo com realidade virtual usando câmeras e sensores aprimorados. 

Apesar de não ter mencionado o Project Cambria na entrevista, o CEO da Meta repetiu seus atributos e acrescentou outros, como rastreamento facial e ocular. Veja agora o que já se sabe sobre o novo headset da Meta. 

https://www.youtube.com/watch?v=2SQEyhHusPU

Headset “híbrido”

O novo headset ainda não é o óculos de realidade aumentada que vislumbramos no futuro – e em alguns episódios de Black Mirror –, mas é um passo notável. Segundo Zuckerberg, o equipamento terá recursos de realidade mista. 

Ele foi projetado para capturar expressões faciais dos usuários e reproduzi-las em seus avatares em tempo real. O objetivo disso seria melhorar a comunicação não verbal e “desbloquear” a sensação de estar conversando com o interlocutor presencialmente. 

“Quando você está em uma videochamada, não sente que está lá com a pessoa”, afirmou Zuckerberg. “Para mim, o que a realidade virtual desbloqueia é que ela realmente convence seu cérebro de que você está lá, na presença do outro”. 

Rastreamento facial e ocular 

Zuckerberg também afirmou que o novo headset da Meta deve ter “novas opções sociais” habilitadas pelo rastreamento facial e ocular. Isso daria a possibilidade de ter quase um “contato visual” em realidade virtual. 

“Será 100% satisfatório como estar em contato com a pessoa? Provavelmente não. Mas é possível criar algum valor nesses momentos, mesmo à distância”, disse o CEO da Meta. 

Ao ter o rosto rastreado por sensores, os avatares não ficarão parados, por exemplo. Eles podem sorrir ou imitar qualquer expressão que o usuário faça na vida real – em tempo real. É aquela história: isso te conforta ou assusta? 

(Possível) preço

A Meta aumentou o preço do Oculus 2 em julho: saltou de US$ 299 para US$ 399 – o equivalente a mais de R$ 2 mil no câmbio atual. Ainda não se sabe quanto vai custar o novo headset, mas Zuckerberg o descreveu como um “grande passo acima do Oculus 2”. 

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Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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