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Nudez e drogas: entenda por que “The Idol” está causando tanta polêmica

Trama mostra os bastidores da indústria da música. "The Idol" é alvo de críticas, recebendo péssimas avaliações após sua exibição em Cannes

The Idol

Imagem: Divulgação/HBO

A série “The Idol” estreou em 4 de junho, na HBO e no HBO Max. Com uma equipe que tem como diretor Sam Levinson, de “Euphoria”, e o cantor The Weeknd (Abel Tesfaye) na produção, bem como Lily-Rose Depp e a estrela do K-Pop Jennie no elenco, o programa viralizou na internet antes mesmo de ir ao ar.

A trama mostra os bastidores da indústria da música. A jovem artista Jocelyn (Depp) quer ser a maior e mais sexy estrela pop do mundo, e sua paixão é alimentada por Tedros (The Weeknd), um empresário de clubes noturnos com um passado obscuro.

 

Mas, desde o começo, “The Idol” foi alvo de críticas, recebendo péssimas avaliações após sua exibição em Cannes. “Ainda não vimos Jocelyn dar prazer a si mesma e, meu Deus, já se passaram quase 40 minutos!”, diz um trecho do texto da Rolling Stone

Perspectiva masculina

Não é a primeira vez, aliás, que Sam Levinson é criticado por sexualizar o corpo feminino. O mesmo aconteceu na segunda temporada de “Euphoria”, que chamou atenção pela constante nudez da atriz Sydney Sweeney. 

E a visão masculina da série não é por acaso. Em abril de 2022, a ex-diretora da produção, Amy Seimetz, foi substituída por Levinson após 80% dos episódios concluídos. Isso porque, para o co-criador The Weeknd, a série estaria caminhando para uma “perspectiva muito feminina”.

Anteriormente, a Rolling Stone já havia publicado uma matéria sobre os bastidores de “The Idol”, comparando a série a um “pornô de tortura”. De acordo com fontes, o diretor estaria usando “conteúdo sexual perturbador e nudez para igualar – e até superar – o de seu programa de maior sucesso, ‘Euphoria‘”. “Passou da sátira para a coisa que estava satirizando”, disse um membro da equipe.

As críticas incomodaram Tesfaye, que reagiu à matéria no Twitter. “Rolling Stone, nós te chateamos?”, escreveu o artista, publicando o vídeo de uma cena em que seu personagem, Tedros, chama a revista de irrelevante. Veja abaixo:

Outras críticas à “The Idol”

Outras publicações também consideraram o programa um completo desastre. Kyle Buchanan, do The New York Times, por exemplo, escreveu: “The Idol ou 50 TONS DE TESFAYE: Uma odisséia na página inicial do Pornhub, estrelando as aréolas de Lily Rose Depp e o rabo de rato gorduroso de The Weeknd”.

Já o The Hollywood Reporter considerou a série “mais regressiva do que transgressiva”, enquanto o USA Today disse que o programa usa “nudez, palavrões, drogas, sêmen, sadismo, masoquismo, doença mental e tabagismo excessivo em seu esforço descarado para parecer legal e subversivo.”

Além disso, telespectadores também perceberam a presença de um diálogo chocante no terceiro episódio do programa, lançado neste domingo (18). Na cena (veja tweet abaixo), o personagem Andrew Finkelstein (Eli Roth) diz: “Estou cagando mais sangue que uma criança na ilha do Epstein”. A fala se refere à ilha de tráfico e exploração sexual de menores do bilionário Jeffrey Epstein, Little Saint James, descoberta em 2019.

 

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