Em um ato que sendo chamado a maior vitória para conservação de elefantes, a China anunciou nesta sexta-feira (30) que vai banir todo comércio legal de marfim até o fim do ano de 2017.
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A comercialização de marfim contribui para a rápida diminuição da população de elefantes na África, que foi reduzida a um terço nos últimos sete anos, segundo um censo recente. Neste ano, tanto a International Union for the Conservation of Nature e a Convention on International Trade in Endangered Species pediram o fim deste tipo de comércio.
A China é o maior mercado legal de marfim do mundo e estima-se que 70% do marfim comercializado legalmente passa pelo país, onde pode custar até US$ 2.400 por libra. No ano passado, a China concordou pela primeira vez que iria reduzir o mercado doméstico de produtos feitos de marfim.
No anúncio desta sexta, feito pelo Conselho de Estado da China, são explicados os planos da China em acabar com o mercado de marfim. Todas as vendas comerciais de marfim de elefantes, tanto em locais físicos como virtuais, serão banidas até o fim de março, e vendedores registrados deverão reduzir o comércio até o fim do ano. Escultores de marfim serão encorajados a trabalharem em museus.
“Estabelecer um cronograma agressivo para acabar com o maior mercado doméstico de marfim do mundo é uma mudança significativa”, disse Elly Pepper, diretor da Natural Resources Defense Council, a BBC. “É um divisor de águas e pode ser uma medida fundamental para tirar os elefantes de extinção.”
Segundo uma investigação disfarçada que durou dez meses feita pela ONG Elephant Action League, o mercado legal de marfim da China é uma forma de cobrir o o mercado ilegal que é 25 vezes maior. De qualquer jeito, o fim mostra que o país tem levado o tema a sério e que o comércio de elefantes está prestes a ficar muito mais difícil.
Foto do topo por AP