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O que é a “Operação Kryptos” e quanto vale um bitcoin em reais

Primeira fase da operação, em agosto do ano passado, prendeu Gladson Acácio dos Santos, o "Faraó do Bitcoin". Entenda um pouco mais sobre as criptomoedas

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Imagem: Reprodução/Unsplash

Na manhã desta quinta-feira (11), a Polícia Federal brasileira conduziu a operação Flyer One, a 4ª fase da Operação Kryptos, que cumpre mandados de prisão e busca e apreensão de suspeitos de integrar um esquema de fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas nos municípios do Rio de Janeiro e Cabo Frio. A atividade criminosa chegou a prejudicar vítimas em países como Estados Unidos e Portugal.

A Kryptos começou em agosto do ano passado com o objetivo de investigar uma empresa sediada no Rio de Janeiro suspeita operar um esquema de pirâmide que prometia altos ganhos após investimentos no mercado de criptomoedas.

O esquema era chefiado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, que após a deflagração da operação, ficou conhecido no país como “Faraó do Bitcoin”. Oferecendo a chance de lucros altos, Glaidson ganhou uma enorme proporção, e enganou até mesmo pessoas famosas como o ator e humorista Rafael Portugal.

Mesmo preso, Glaidson gerou mais de R$ 200 milhões graças a parceiros que continuaram soltos após as fases iniciais da operação. O “Faráo do Bitcoin” deseja se lançar como deputado federal nas eleições de outubro, já que a Lei da Ficha Limpa impede apenas candidaturas de condenados em segunda instância.

Criptomoeda é um sistema de pagamento digital que funciona independentemente de bancos e permite que qualquer pessoa possa enviar e receber recebê-las de qualquer lugar do planeta. Elas não são emitidas e regulamentadas por uma entidade central, como ocorre com as tradicionais moedas físicas como o real, mas ela é gerada e tem suas transações registradas de forma decentralizada.

O bitcoin como negócio

O nome “criptomoeda” é derivado do termo “criptografia”, um sistema avançado de codificação de dados que só pode ser decodificado por quem possuir um “dicionário” com um tradução dos códigos. Esse sistema serve para garantir segurança e privacidade para quem faz transações com este tipo de ativo.

A primeira criptomoeda a ganhar relevância foi o Bitcoin, que existe desde em 2009 e segue como mais popular do mundo. Atualmente, um bitcoin equivale a US$ 24 mil (R$ 125 mil), mas em seu período de maior prosperidade chegou a valer incríveis US$ 65 mil (R$ 334 mil).

Caso digite o termo “criptomoeda” no Google, certamente vai se perder em quantas já foram criadas desde o surgimento do Bitcoin. Algumas são bem inusitadas, como o Maradolar, que como o nome sugere é uma homenagem ao craque argentino Diego Armando Maradona.

Outras criptomoedas são muito populares, mas ainda longe de atingirem o valor alcançado pelo bitcoin, como o ethereum (cotado em R$ 9,8 mil) e a binance coin (R$ 1,6 mil).

Nos últimos anos, as criptomoedas têm se consolidado como um dos tipos de investimento mais populares e rentáveis que existem, mas golpes envolvendo ativos digitais tem se tornado cada vez mais frequentes, não só no Brasil.

No ano passado, em meio ao hype da série “Squid Game” (Round 6) da Netflix, uma criptomoeda chamada Squid surgiu e desapareceu lesando todos os seus investidores.

Desde quando o Squid apareceu pela primeira vez ele já gerava suspeita, principalmente pelo fato de os investidores poderem investir na criptomoeda, mas não terem a possibilidade de acessar ou realizar transações. O preço do ativo chegou a disparar durante alguns dias, mas depois foi encerrado sem muita explicação.

 

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