Ciência

O que são os pontinhos vermelhos visíveis atrás do eclipse solar

Durante o último eclipse solar total, proeminências solares deram às caras ao redor da sombra lunar e chamaram a atenção dos curiosos
Imagem: Karl Magnuson/ Unsplash/ Reprodução

Na última segunda-feira (8), a Lua passou exatamente entre o Sol e da Terra, bloqueando a luz da estrela por alguns minutos em alguns locais da América do Norte. Em geral, um eclipse solar é um dos únicos momentos em que se torna possível observar a atmosfera do Sol — também chamada de coroa. 

Dessa vez, além do eclipse solar total, o Sol também passa pelo máximo do seu ciclo de atividade — que tem duração de 11 anos. Assim, no momento em que a Lua se alinhou à Terra e o cobriu, quando a coroa solar brilhou ao redor da sombra lunar, cientistas notaram que pontinhos vermelhos apareceram às margens. 

Por muito tempo, durante os séculos 18 e 19, pesquisadores acreditavam que essas luzes avermelhadas eram causadas pelas nuvens na atmosfera da Lua. Porém, na verdade, elas são proeminências solares.

O que são as proeminências solares

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Uma proeminência solar é um grande laço de plasma emitido pelo Sol a partir de sua superfície visível. Frequentemente eles tem tons avermelhados, porque o material pode ter origem na cromosfera, uma parte mais profunda da atmosfera do Sol. 

Nessa região, há a presença do elemento químico hidrogênio e, como está sob altas temperaturas, ele emite luz vermelha. Além disso, a proeminência solar também é composta por hélio e ambos os elementos estão eletricamente carregados.

Em geral, as proeminências solares podem se formar rapidamente, em cerca de um dia. Embora cientistas ainda não compreendam como isso acontece exatamente, sabe-se que o plasma flui ao longo de uma estrutura emaranhada e retorcida de campos magnéticos, através das chamadas manchas solares.

Quando estáveis, as proeminências solares duram vários meses e podem percorrer centenas de milhares de quilômetros no espaço, de acordo com a NASA. Algumas podem ser eruptivas, ou seja, que explodem e liberam plasma. 

Mas também podem ser quiescentes, o que significa que podem se tornar eruptivas quando uma nova proeminência se forma abaixo delas.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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