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O que você precisa saber sobre a missão Lucy, da Nasa

A expedição espacial visitará, ao todo, oito asteroides de nosso Sistema Solar -- ao longo de 12 anos.

Foto: espaçonave Lucy / NASA

Este é um fim de semana especial para os amantes do espaço. Tudo porque a Nasa está pronta para lançar uma série de espaçonaves para visitar (e eventualmente, destruir) algumas das rochas do sistema solar. A primeira delas é a Lucy, que irá examinar alguns corpos celestes durante 12 anos e observar oito asteroides — sete troianos, em Júpiter, e um no cinturão de asteroides entre Júpiter e Marte.

O lançamento da missão deve ocorrer na madrugada de sábado (16) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, nos EUA. Os pesquisadores esperam que a missão possa ‘voltar no tempo’ para aprender como o sistema solar se formou, há 4,5 bilhões de anos. Além disso, a sonda também pode ajudar os cientistas a entenderem como nossos planetas assumiram as posições atuais. 

Hal Levison, cientista do Southwest Research Institute em Boulder, no Colorado, falou numa coletiva feita em setembro que os astrônomos acreditam que esses asteroides são como fósseis da formação do Sistema Solar.

Durante uma coletiva de imprensa, Adriana Ocampo, cientista planetária da sede da Nasa em Washington, Estados Unidos, disse que Lucy “mudará profundamente nossa compreensão da evolução planetária.”

Esta animação com lapso de tempo mostra os movimentos dos planetas internos (Mercúrio, marrom; Vênus, branco; Terra, azul; Marte, vermelho), Júpiter (laranja) e os dois enxames de Troia (verde) durante o curso da missão Lucy. Créditos: Instituto Astronômico do CAS / Petr Scheirich

Isso pode mesmo ser verdade, já que essa é a primeira espaçonave apta a fornecer imagens de alta resolução da aparência dos asteroides — algo que só tínhamos em representações artísticas.

 

 

A chegada de Lucy

É esperado que a sonda chegue a seu destino — um pequeno asteroide chamado Donaldjohanson, de quatro quilômetros de diâmetro– em abril de 2025. Lucy também visitará rochas batiazadas com nomes conhecidos das histórias de Homero: Euríbates, Polimelo, Leuco, Orus, Pátroclo e Menoetius.

Após a primeira observação, a nave seguirá viagem até chegar ao primeiro grupo de asteroides troianos em 2027. No mesmo ano, a sonda seguirá para sobrevoa Polimelo e, em 2028, irá encontrar o asteroide Leuco. Os cientistas planejam que Lucy faça um sobrevoo pela Terra para conseguir assistência gravitacional e, assim, seguir com destino ao outro grupo de troianos — por lá, em 2033, a espaçonave encontrará os asteroides Pátroclo e Menoetius.

Diagrama que ilustra o caminho orbital de Lucy.
O percurso da espaçonave (verde) é mostrado em um quadro de referência onde Júpiter permanece estacionário, dando à trajetória sua forma de pretzel.
Após o lançamento em outubro de 2021, Lucy tem dois sobrevoos próximos à Terra antes de encontrar seus alvos Troianos.
Foto: Créditos: Southwest Research Institute

Não há previsão para que o veículo pouse em nenhum de seus alvos, mas passará a 965 quilômetros de suas superfícies a velocidades de três a cinco metros por segundo em relação à velocidade dos asteroides no espaço.

Se você é do time dos cautelosos e está receoso com possibilidade de colisão, Levison explicou que, embora existam cerca de 7 mil asteroides troianos conhecidos, eles estão muito distantes um do outro. Logo ‘não há necessidade de preocupação de choque ao passar por esses aglomerados.”

Como acompanhar o lançamento 

A Nasa irá transmitir o lançamento da missão em tempo real pela Internet. A transmissão será liberada às 5 horas da manhã (horário de Brasília). Você pode assistir diretamente no link da Nasa Live, ou no vídeo abaixo: 

[Science News]

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