Os 50 anos da maior maratona de cães do mundo

Os anos se passaram e após 50 anos da corrida, muita coisa mudou, evoluiu e ganhou inúmeros recursos muitos graças a tecnologia.
imagem: Unsplash / reprodução

Este ano, a maior competição do mundo de trenós sendo puxados por cães no Alasca, nos EUA, completa 50 anos. Uma corrida que varia entre 860 e 1.100 km e começou sem muitos recursos, organização e apoio, superou diversos obstáculos e se tornou símbolo do gelado estado americano.

A história começou no final de 1972 e início de 1973, quando 34 equipes de cães de trenó se encontraram em Anchorage, no Alasca, para a aventura que seria símbolo de muitas gerações.

Os grupos competiram entre si para alcançar a linha de chegada na cidade de Nome, cerca de 860 km do ponto de partida, e assim foi feito o primeiro Iditarod, nome dado oficialmente a competição.

Hoje em dia, a Iditarod enfrenta protestos de associações de proteção aos animais. Em 2020, várias grandes empresas retiraram o patrocínio da corrida após pressão de entidades.

Como foi a primeira corrida

Os condutores chamados de mushers, eram os principais responsáveis por fazer os cães seguirem as trilhas que naquela época, não tinha quase nenhum tipo de sinalização. Com um percurso através de ventos abaixo de zero e neve densa, em muitos pontos, eles mesmo precisavam fazer suas trilhas, quebrar galhos e abrir caminho.

Os recursos eram tão escassos, que as corridas demoravam até um mês para serem completadas.

Evolução e novos recursos

Os anos se passaram e após cinco décadas da corrida, muita coisa mudou, evoluiu e ganhou inúmeros recursos muitos graças à tecnologia.

Agora, os mushers têm uma equipe de suporte, estão em constante comunicação durante a jornada, além do auxílio de GPS para permanecer no curso e ajudar com entregas de suprimentos em pontos de verificação designados e exames veterinários regulares para os cães.

A rota da corrida também mudou, agora tem sinalizações, apoio aéreo de helicóptero e apoio térreo em pontos específicos do caminho.

“Durante a primeira corrida, as pessoas se perguntavam se alguém conseguiria chegar a Nome. Agora as pessoas terminam em menos de nove dias. Como em qualquer evento esportivo, sempre há melhorias, como equipamentos e qualidade da trilha. cuidar dos cachorros”, disse Mark V. Nordman, diretor de corrida e marechal de longa data do Iditarod.

Tradição

Os trenós puxados por cães é uma tradição no Alasca e vai além das competições anuais. Devido às características do local, boa parte do estado não conta com grandes percursos de estradas e rodovias e permanece inacessível, com isso os moradores de áreas remotas passaram a contar com trenós puxados por cães para levá-los em determinados lugares.

Entretanto, na década de 1960, surgiram os chamados “cão de ferro” (uma espécie de jatski da neve), para carregar as pessoas, e isso acabou diminuindo a necessidade dos cães de quatro patas, mas eles não sumiram e provavelmente permanecerão fazendo esse tipo de trabalho no estado pela tradição da região.

anos

50 anos

No dia 5 de março teve início a 50ª corrida de Iditarod. Devido à pandemia da Covid-19, a edição sofreu algumas alterações, entre elas a diminuição do percurso, o cancelamento da cerimônia de partida e a obrigatoriedade do comprovante de vacinação, de todas as 50 equipes participantes e todos envolvidos na maratona.

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