Após muitos estudos, o governo japonês finalmente criou uma zona de evacuação obrigatório ao redor da usina nuclear de Fukushima. Os humanos, pelo menos, devem ficar seguros agora. Mas não podemos dizer o mesmo dos milhares de animais que foram deixados para trás.
No meio de um apressado plano de evacução, as criaturas — entre elas animais domésticos e bichos de fazendas — foram abandonadas. De acordo com o The Telegraph e a ABC News, centenas de milhares de animais estão agora por conta própria na zona morta — cerca de 3.400 vacas, 31.500 porcos e 630.000 galinhas. O professor D.L Brown, do Departamento de Ciência Animal da Universidade de Cornell, especula que todas as galinhas já devem estar mortas, e que os sobreviventes estão em péssimas condições. Seja lá quantos sobreviveram, eles não durarão muito — o governo está matando os animais por medida de precaução.
Foi o caso de Shoichi Akimoto, um dos moradores da área evacuada de Fukushima, que voltou para uma breve visita à sua antiga casa. Quando ele procurou por John, seu cachorro, encontrou o animal morto, ainda amarrado em sua coleira, após cavar um pequeno buraco no chão para descansar. Com apenas 15 minutos restantes na área, antes de serem obrigados a voltar, Akimoto e Nobuichi Kobayashi, um líder local, colocaram incensos ao redor do animal falecido, já que eles não poderiam levar o corpo embora. “Em minha próxima visita, eu irei enterrar seu corpo”, prometeu. Histórias como essa — comuns em toda a região de Fukushima — demonstram o grande sofrimento que um desastre desta magnitude traz, e também a garra das pessoas afetadas por ela.