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“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” exalta representatividade com foco nas mulheres negras

“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” estreia nesta quinta-feira, dia 10 de novembro, nos cinemas brasileiros, um dia antes do lançamento nos EUA. O Giz Brasil viu o filme e conta tudo -- ou quase!

Pantera Negra 2

Imagem: Divulgação/Reprodução Marvel

Para a felicidade dos fãs, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” chega nesta quinta-feira (10) aos cinemas brasileiros. O filme encerra a fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) com chave de ouro, cumprindo o que se propôs a fazer. Após as primeiras reações exaltarem a trama, o Giz Brasil também viu o filme e dá um veredito!

Após a morte de Chadwick Boseman em 2020, foi necessária uma solução para substituir o astro na sequência de “Pantera Negra”. A Marvel optou por não colocar outro ator, muito menos usar tecnologia para “trazê-lo” de volta.

Vale lembrar que o estúdio lucrou mais de US$ 1 bilhão com o primeiro filme em 2018, além de ganhar três Oscars. Portanto, desistir da sequência estava fora de cogitação.

Por isso, foi necessário mudar todo roteiro da sequência, e seguir a história sem Chadwick Boseman. O resultado? Ele também morre na ficção — por uma doença não revelada. E assim se inicia a trama de “Wakanda Para Sempre”, com o falecimento do Rei T’Challa.

O diretor Ryan Coogler não brincou em serviço e abusou de todo o drama para honrar o legado do ator, além de ressignificar a forma como o luto é tratado.

Com a morte, as mulheres que cercavam Boseman ganharam total protagonismo. A Rainha Ramonda (Angela Bassett) assume o trono de Wakanda, se junta com a filha Shuri (Letitia Wright) e a general Okoye (Danai Gurira). Elas tentam a todo custo proteger o tal Vibranium, que é encontrado em terras wakadianas, de diversos países do mundo afora que se interessam e lutam para ter o metal.

No entanto, uma máquina criada por Riri Williams (Dominique Thorne), capaz de detectar o vibranium, vai parar nas mãos do governo norte-americano e faz com que Namor (Tenoch Huerta) entre na trama.

Apresentado como o rei da nação subaquática de Talocan, ele é um dos primeiros mutantes da nova fase do MCU, além de ser o antagonista na sequência de “Pantera Negra”.

Namor busca vingança e uma guerra com os povos da superfície, enquanto Wakanda quer apenas evitar conflitos e esconder o vibranium dos países poderosos. Consequentemente, esse conflito de interesses gera uma guerra entre os povos de Wakandas e os seres da subaquática de Talocan.

Boa parte da trama mostra Suri tomada pelo sentimento de luto, relembrando momentos seus com o irmão, o Rei T’Challa. No entanto, após um ataque feito por Namor deixar Wakanda debaixo d’água, além de acontecer uma morte inesperada, a princesa é perseguida pelo sentimento de raiva e vingança. Ela se vê obrigada a se tornar “adulta”, apesar de carregar culpa e não ter mais a alegria vista no primeiro filme.

“Wakanda Para Sempre” chega cheio de representatividade, e mostra como o protagonismo negro feminino é importante. Além disso, a cultura latino-americana também tem espaço na trama, mostrando como a história indigena é pouco contada.

Por mais que pretos e indígenas tenham passado por praticamente a mesma situação no passado com os colonizadores, eles entram em conflitos entre si na trama.

No fim, “Pantera Negra” mostra como é necessário se unir, ao invés do conflito interno entre as nações e povos, quando se tem o mesmo objetivo. E claro, a produção honra o legado deixado por Chadwick Boseman. O luto é apresentado no filme de forma leve, onde o importante é lembrar os bons momentos, e entender que a morte faz parte do ciclo da vida.

E o que falar da trilha sonora? IMPECÁVEL! As músicas se encaixam perfeitamente na trama, e escolhidas a dedo para caber em cada cena. As canções trazem ainda mais representatividade à película. Os efeitos especiais são sensacionaise te levam para dentro do mundo subaquático de Talocan.

Não é novidade que Ryan Coogler precisou recriar o roteiro após a morte de Boseman, e ele acertou. A história é muito bem contada, a trama se desenvolve bem e deixa espaço suficiente para conhecer todos os novos personagens.

No entanto, ao contrário de Namor, Riri Williams foi pouco explorada. A heroína conhecida como coração de ferro não foi apresentada o suficiente, então é possível que a Marvel deixe essa lacuna para uma próxima produção.

Coogler deixou as adversidades de “Pantera Negra 2” no passado, principalmente a perda de seu protagonista e as críticas aos posicionamento antivacina de uma de suas estrelas.

Agora, o filme se tornou um verdadeiro triunfo, e tem tudo para trazer novos Oscars para a Marvel. No entanto, ele não é o único responsável. As atuações estão impecáveis. A indicada ao Oscar Angela Bassett, por exemplo, deu um show à parte.

Será que teremos um filme à altura do “Pantera Negra” de 2018? Para saber, só indo ao cinema para conferir a sequência “Wakanda Para Sempre”. Relembre o trailer da produção:

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