Para cientistas, existir vida em lua de Júpiter é um cenário possível
São necessárias três coisas para a existência de vida: água, oxigênio e nutrientes. A lua Europa de Júpiter tem os três — e, portanto, é elegível para ser casa de seres extraterrestres.
Mas é difícil fazer qualquer afirmação. Seu oceano está separado do oxigênio por uma camada de gelo de 24 quilômetros de espessura. Sem a troca entre essas duas camadas, a teoria de vida cai por terra.
Claro que os cientistas não desistem tão rápido. Uma hipótese levantada por pesquisadores sugere que em alguns pontos da lua, o gelo derrete parcialmente e forma uma salmoura (solução de água salgada), que se mistura com o oxigênio da superfície. A salmoura acaba abrindo um caminho até o fundo do oceano, transportando o gás.
A teoria não é novidade, mas foi testada em simulações de computadores pela primeira vez por pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos EUA. E o mais curioso é que a hipótese se mostrou possível. O estudo completo, que descreve as descobertas, foi publicado na Geophysical Research Letters.
Os cientistas também estimaram a quantidade de oxigênio que poderia ser transportada pelo gelo. No cenário em que há uma maior entrega, são apontados níveis de oxigênio no oceano de Europa semelhantes aos dos oceanos da Terra.
Tudo isso reforça a possibilidade de vida no interior da lua de Júpiter. Apesar d3 o satélite ter apenas um quarto do tamanho da Terra, supõe-se que seu oceano seja pelo menos duas vezes maior e muito mais profundo do que o nosso. Até agora, não conseguimos acessar essa camada de água para descobrir o que existe por lá?
A NASA planeja uma missão à Europa em 2024. Nenhum espécime alienígena deve ser encontrado na data, mas os cientistas provavelmente irão obter novas informações sobre a quantidade de oxigênio e outros ingredientes necessários para a vida na lua. Bem, pelo menos, na teoria.