Passo a passo: como tirar a foto perfeita da superlua
Este mês de agosto é especial para quem gosta de observar o céu noturno: é uma rara ocasião em que você poderá assistir a duas superluas em um intervalo de 30 dias. A última vez que esse combo de superlua rolou foi em 2018; a próxima vez será em 2037, segundo o projeto Virtual Telescope Project.
“Superlua” é o nome que se dá ao satélite quando sua fase cheia coincide com seu perigeu – o momento em que a Lua mais se aproxima da Terra em sua órbita. A junção faz o satélite parecer maior e mais brilhante do que o normal, às vezes ganhando uma coloração amarelada ou avermelhada devido à interação de sua luz com nossa atmosfera.
Você certamente já tentou fotografar o fenômeno, sem grande sucesso. Para se preparar para a segunda superlua de agosto — também chamada superlua azul — no dia 31 deste mês, confira algumas dicas para acertar o clique:
Quando fotografar a superlua?
Primeiro, aqui vai um conselho que também serve para quem só quer observar a superlua. O melhor momento para fazê-lo é durante a primeira hora após o nascimento da Lua no céu. Isso porque, próxima ao horizonte, ela está acompanhada por referenciais terrestres, como prédios e árvores, que nos ajudam a ter uma perspectiva melhor de seu tamanho.
Se você olha (e fotografa) a superlua quando ela está no alto do céu noturno, fica difícil perceber que o satélite está parecendo maior para os terráqueos, porque é só um ponto de luz branca em um fundo preto e infinito. Então, para fotografar o satélite no dia 31 – e em oportunidades vindouras –, procure fazê-lo no começo da noite e enquadrá-lo junto a uma montanha, um avião que esteja passando e coisas do gênero.
Com quê fotografar?
Vale fotografar a superlua com o celular? Até vale, dependendo da qualidade da sua câmera – que pode te entregar só um borrão branco no céu. Acontece. Para aumentar as chances de um bom clique, uma boa ideia é baixar aplicativos de fotografia que aumentem suas possibilidades de configuração e te permitam ajustar o ISO da câmera, por exemplo – se é que seu smartphone não tem, por si só, um bom leque de possibilidades. (Alguns têm um “modo PRO” na câmera.)
Mas o melhor mesmo é, claro, usar uma câmera profissional se você tiver oportunidade – e uma lente zoom é um upgrade bem vindo, se você quiser registrar mais detalhes da Lua. Apoiar a câmera em um tripé e usar o timer para fazer o clique dois segundos após seu clique, por exemplo, são macetes que diminuem a possibilidade de sua foto sair tremida.
Como configurar a câmera
Quanto às configurações, isso vai da qualidade da câmera que você estiver usando. Especialistas recomendam defini-la para o ISO básico – que geralmente é em torno de ISO 100. Essa configuração fornece imagens de alta qualidade, e você pode aumentá-la ainda mais selecionando o formato de arquivo (na câmera profissional) para RAW.
Um ISO 100 deixa pouquíssima luz entrar na câmera. Você pode ajustar a quantidade de luz usando uma abertura maior ou menor. O recomendado é f/8 ou f/11, mas você experimentar várias – as configurações ideais podem mudar de acordo com o ambiente em que você está. Muita luz vai desbotar a foto; pouca luz tornará escura demais.
Especialistas também recomendam que você opte por velocidades de obturador ligeiramente mais rápidas do que a média para fotografar a Lua. Você pode começar em 1/100 e ajustar de 1/60 a 1/125 conforme necessário. Boa sorte!