Superluas, Saturno e chuva de meteoros: veja calendário astronômico de agosto

Agosto tem noites longas e claras, que são boas oportunidades para ver o céu noturno e identificar constelações. Confira aqui o que observar
fotografia da lua cheia, que acontecerá duas vezes em agosto
Imagem: Observatório Heller & Jung/Reprodução

Agosto terá noites longas e claras, que são boas oportunidades para observar o céu noturno e identificar constelações. O calendário astronômico do mês está cheio: teremos duas superluas, Saturno especialmente visível e uma chuva de meteoros – que, a gente adianta, é mais fácil de ver no Hemisfério Norte.

Lembre-se que, desde que o céu esteja claro, binóculos ou telescópios de quintal podem melhorar sua experiência ao observar o céu noturno. Aplicativos gratuitos, como Stellarium ou Star Walk, são super úteis para te ajudar a localizar os astros.

A lua será a grande protagonista do mês, então vamos a ela:

Fases da Lua

  • Lua cheia: 01 de agosto
  • Lua minguante: 08 de agosto
  • Lua nova: 16 de agosto
  • Lua crescente: 24 de agosto
  • Lua cheia: 30 de agosto

Um dos nomes populares para a primeira lua cheia do mês é “lua do esturjão”. Tradicionalmente, se encontrava estes peixes nos Grandes Lagos da América do Norte nesta época do ano. Já a lua de 30 de agosto recebe o nome de lua azul, porque é a segunda lua cheia do mês.

A Lua estará pertinho de Saturno no dia 3 de agosto e de Júpiter no dia 8. Ela passa perto de Mercúrio e Marte no dia 18 de agosto; de Spica, a estrela mais brilhante da constelação de Virgem, no dia 21; e de Antares, a mais brilhante de Escorpião, no dia 25. O satélite também estará perto de Saturno no dia 30 de agosto.

Superluas em agosto

As duas luas cheias de agosto são superluas, ou seja: vão parecer maiores e mais brilhantes do que o normal. Isso acontece porque a fase cheia vai coincidir com o perigeu da Lua: o momento de sua aproximação máxima com a Terra.

A distância média entre nós e o satélite, segundo o Observatório Nacional (ON), é de 382.900 quilômetros. A primeira superlua, em 01 de agosto, estará a aproximadamente 357.530 quilômetros de distância da Terra. A superlua azul estará um pouco mais próxima, a 357.344 quilômetros.

Segundo o ON, as duas luas cheias de agosto serão as únicas superluas de 2023. Entidades astronômicas ao redor do mundo discordam entre si sobre isso, porque o conceito de superlua não é uma definição astronômica oficial, e as organizações consideram distâncias mínimas diferentes de 360 mil quilômetros, como considera o ON.

Entidades como a NASA, por exemplo, aplicaram o status de superlua à última lua cheia, que aconteceu em 3 de julho, e dizem que a quarta e última superlua de 2023 acontecerá em 29 de setembro.

A última vez que duas superluas aconteceram no mesmo mês foi em 2018. O fenômeno só voltará a ocorrer em 2037, de acordo com o astrônomo italiano Gianluca Masi, fundador do Virtual Telescope Project.

Saturno e outros planetas

O destaque do mês vai para Saturno, que estará diretamente oposto ao Sol em nosso céu no dia 27 de agosto. Essa é uma boa oportunidade para observá-lo, porque ele vai parecer maior do que o normal e estará com seu brilho máximo de 2023. 

O planeta aparecerá como um ponto amarelado, visível a olho nu durante toda a noite, na constelação de Aquário. Com binóculos e telescópios, será possível enxergar detalhes como os anéis do planeta e algumas de suas maiores luas, como Titã.

Mercúrio ficará na maior elongação vespertina no dia 10 de agosto, quando aparecerá mais distante do Sol ao entardecer. Esta é a melhor oportunidade para observá-lo, até as 19h30, na direção da constelação de Virgem.

Você também poderá localizar Vênus no início do mês à noite, na constelação de Leão, e partir do meio do mês, de manhã em Câncer. Marte pode ser visto à noite, primeiro em Leão, depois em Virgem. Júpiter ficará visível à noite e de manhã em Áries. Urano estará em Áries, pela manhã, e Netuno estará em Peixes, de manhã e à noite – mas estes planetas só serão visíveis com a ajuda de binóculos ou telescópio.

Chuva de meteoros

Por último, mas não menos importante: este mês acontece a chuva de meteoros Perseidas, originários da poeira deixada no espaço pela passagem do cometa 109P/Swift-Tuttle.

O pico da chuva será em 13 de agosto, quando os observadores poderão ver até 100 meteoros em uma hora. A má notícia é que os melhores locais para observar as Perseidas estão em latitudes médias do Hemisfério Norte. Por aqui, a chuva não será bem visível, mas você pode tentar a sorte olhando para o Norte uma hora antes do amanhecer.

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