“Peaky Blinders”: produtores repudiam campanha política homofóbica com cenas da série
“Peaky Blinders” chegou ao fim no ano passado, e, por enquanto temos apenas uma promessa de continuação da trama em um longa-metragem. No entanto, o governador da Flórida, Ron DeSantis, reviveu a série recentemente. Ele usou cenas da série para a elaboração de uma campanha para atacar o ex-presidente Donald Trump e a comunidade LGBTQIAPN+ em um vídeo de cunho homofóbico.
Ron DeSanti é candidato à presidência dos Estados Unidos em 2024. Para promover sua candidatura, ele produziu um vídeo em que usa, sem autorização, imagens do personagem Tommy Shelby (Cillian Murphy) e fez referências a outras produções como “Troia”, “Psicopata Americano” e “The Boys”.
Isso levou a equipe de “Peaky Blinders” a se pronunciar sobre o assunto. Em uma publicação feita no Twitter oficial, a equipe da produção disse que as imagens foram “obtidas sem permissão”. Nós “não apoiamos nem endossamos a narrativa do vídeo e fortemente desaprovamos o uso do material [da série] dessa maneira”. Veja o comunicado:
“Em nome dos parceiros de ‘Peaky Blinders’ — Steven Knight, Cillian Murphy, Caryn Mandabach Productions, Tiger Aspect Productions e Baniay Rights — confirmamos que as imagens do personagem de Tommy Shelby usadas no vídeo postado pela campanha de Ron DeSantis foram obtidas sem permissão ou licença oficial. Não apoiamos nem endossamos a narrativa do vídeo e desaprovamos veementemente o uso do conteúdo dessa maneira.”
— Peaky Blinders (@ThePeakyBlinder) July 5, 2023
Campanha homofóbica
O vídeo, compartilhado pela campanha de DeSantis no Twitter, critica Donald Trump, por prometer “proteger nossos cidadãos LGBTQ”. O vídeo também zomba do ex-presidente por defender o direito de Caitlyn Jenner de escolher seu próprio banheiro e permitir que mulheres transgênero compitam em concursos de Miss Universo.
Por enquanto, a equipe de DeSantis não se pronunciou sobre o assunto. Vale lembrar que o governador da Flórida já esteve envolvido em diversas polêmicas anti-LGBTQIA+. A mais recente aconteceu com o CEO da Disney, Bob Chapek, e o projeto de lei conhecido como “Don’t Say Gay”.
A campanha de DeSantis tem como objetvivo associar Trump como um “defensor de políticas LGBT+”, como uma forma de apelar e conseguir votos por parte do público conservador.