Ciência

Pesquisa: 3 em cada 4 pilotos admitem ter cochilado alguns segundos no voo

Para reduzir essa estatística – em quatro pilotos, três já cochilaram no voo –, a pesquisa sugere facilitar a maneira como os pilotos informam suas condições às companhias aéreas
Imagem: Boeing/Reprodução

Pilotos europeus admitiram, em pesquisa, já ter cochilado por alguns segundos durante o voo devido ao cansaço excessivo em suas jornadas de trabalho.

A informação, de acordo com uma pesquisa da associação europeia de pilotos, a European Cockpit Association (ECA), revelou que três em cada quatro pilotos já cochilaram , pelo uma vez, no voo.

Publicado na última terça-feira (28), o estudo que entrevistou quase sete mil pilotos durante mês de julho. 75% dos pilotos afirmaram à pesquisa ter cochilado por alguns segundos enquanto operavam aeronaves em voos que ocorreram nas três primeiras semanas de julho.

Além disso, 25% dos pilotos afirmaram ter cochilado mais de cinco vezes. A pesquisa define esses ‘cochilos’ como microssono, que ocorre quando a pessoa dorme por até 15 segundos sem perceber.

A pesquisa destaca os riscos relacionados aos níveis de fadiga dos pilotos. Além disso, segundo o estudo, as companhias aéreas deveriam agir melhor para evitar esse fenômeno.

Para reduzir essa estatística – em que a cada quatro pilotos, três já cochilaram durante o voo – a associação sugere facilitar a maneira como os pilotos informam suas condições às companhias aéreas, bem como mudanças em calendários e melhores acomodações. Assim, os pilotos teriam mais tempo para descanso entre voos.

“A causa desse cansaço pode ser durante o serviço (devido às escalas de trabalho) ou fora de serviço (sono ruim em casa), mas o risco aparece durante o serviço, portanto, deve haver medidas”, escreve a pesquisa.

Segundo associação, níveis de cansaço aumentaram em agosto

22,4% dos pilotos, o que corresponde a 1.522 entrevistados da pesquisa, afirmaram que suas companhias aéreas tomaram medidas “ótimas” ou “boas” em relação aos riscos relacionados ao cansaço.

No entanto, um terço dos pilotos da pesquisa disseram que suas companhias não possuem medidas adequadas. A maioria desses pilotos são de companhias aéreas do Reino Unido e da Irlanda.

O presidente da ECA afirmou que esses são “sinais preocupantes e indicativos claros” que as companhias aéreas não possuem mecanismos para lidar com os riscos do cansaço dos pilotos.

O estudo abordou um período de baixa temporada na Europa, o que preocupou ainda mais o presidente da associação. “Se esses foram os resultados que tivemos de julho, os níveis de cansaço em agosto, certamente, aumentaram”.

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