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Pesquisa defende que Lua é 40 milhões de anos mais velha do que se pensava

Cientistas testaram rochas lunares trazidas pela missão Apollo 17 e fixaram uma nova data para o nascimento da Lua

EUA querem criar um "fuso horário" próprio para a Lua

Imagem: Mike Petrucci /Unsplash/Reprodução

Um novo estudo aponta que a Lua se formou há 4,46 bilhões de anos — algo em torno de 110 milhões de anos após o nascimento do Sistema Solar. Isso representa cerca de 40 milhões de anos antes de uma estimativa anterior.

O estudo, publicado na revista científica Geochemical Perspectives Letters, analisou cristais lunares trazidos durante a missão Apollo 17, em 1972. Segundo um grupo de pesquisadores norte-americanos, os materiais lunares podem indicar a verdadeira idade do nosso satélite natural.

Em um teste chamado tomografia por sonda atômica, os cientistas descobriram que zircões presente nas amostras possuem 4,46 bilhões de anos. De acordo com a pesquisa, esses cristais servem como um guia para a cronologia lunar.

Philipp Heck, principal autor do estudo e professor da Universidade de Chicago, explicou a importância de determinar a idade de nosso satélite natural. “A Lua é um parceiro importante no nosso sistema planetário — estabiliza o eixo de rotação da Terra, é a razão pela qual o dia tem 24 horas, e também a razão pela qual temos marés”, disse ao Daily Mail.

Como a Lua se formou

Atualmente, a teoria mais aceita diz que a Lua se formou através dos restos gerados por uma colisão direta entre o planeta Terra e um corpo do tamanho de Marte — chamado de Theia.

Acredita-se que o choque entre os dois corpos aconteceu na última fase do processo de formação da Terra, quando parte do seu núcleo se perdeu.  “A parte perdida do núcleo [da Terra] sofreu um processo de condensação e se aproximou do plano da eclíptica, o que fez com que este núcleo condensado entrasse em órbita. Sua temperatura após a condensação explica a ausência de compostos voláteis nas rochas lunares”, explica o pesquisador.

Esse material em órbita acabou gerando um anel de destroços ao redor da Terra. Posteriormente, ele se aglutinou no que hoje é a Lua.

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