Pessoas sem amigos têm duas vezes mais chance de morrer prematuramente

Ter um amigo pode salvar sua vida. Palavra da ciência.
Pessoas sem amizades podem morrer prematuramente
Imagem: Unsplash/Reprodução

Ter um amigo pode salvar sua vida. Palavra da ciência. Estudos recentes que apontam pessoas sem amizades correm o dobro do risco de morrer de forma prematura.

Dois estudos que embasam essa predisposição focaram em analisar a sociedade dos EUA e a chamada “epidemia da solidão”. O primeiro estudo, do final de 2020, conclui que pessoas que tem amizades e confidentes próximos têm menos riscos de sofrer com a depressão.

A outra pesquisa é mais antiga, de 2010, e atesta que a probabilidade de morrer prematuramente por quaisquer causas é menor para pessoas que possuem amizades próximas.

Décadas de evidências científicas comprovam que a sociedade americana, devido ao individualismo e isolacionismo, tende a ser mais solitária desde os anos 1970. Em 1978, a Universidade da Califórnia lançou a Tabela da Solidão, o formato mais popular até hoje para mensurar a solidão das pessoas.

Curiosamente, em 1979, Milton Nascimento escreveu a “Canção da América” inspirada na solidão de Los Angeles, sem amizades, durante sua passagem pelos Estados Unidos. A música virou um hino da amizade e se inspira no isolacionismo social americano que, conforme uma análise do Congresso Americano, é responsável pela “Epidemia da Solidão”. 

O Secretário de Saúde do Governo dos EUA, afirmou que a Epidemia da Solidão afeta a saúde tal qual fumar 15 cigarros diariamente. Ele sugere que a socialização e amizades sejam exercidas para combater essa epidemia e o risco de morrer prematuramente. 

Por outro lado, essa pesquisa também sugere as pessoas podem manter amizades em qualquer idade. Além disso, amizades podem fortalecer relacionamentos românticos, com o exemplo de interações sociais.

“Amizade é algo que precisamos realmente entender. Há essa preocupação com relacionamentos românticos, mas muitos dos nossos relacionamentos mais íntimos são com amigos”, afirma Thalia Whatley, professora da Universidade de Dartmouth que estuda conectividade social, disse ao site da APA (Associação Americana de Psicologia)

38 estudos foram analisados e descobriram que amizades entre adultos conseguem prevenir problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. Amizades de alta qualidade, que fornecem suporte social e companheirismo, são especialmente as que mais beneficiam a qualidade de vida. 

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