Pessoas tratadas por médicas vivem mais, sugere estudo
Um novo estudo aponta que pacientes atendidos por médicas vivem mais. Isso porque eles têm maiores chances de sobrevivência e menores taxas de readmissão hospitalar. A pesquisa, conduzida pela Universidade da Califórnia, nos EUA, analisou quase 800 mil casos de pacientes do Medicare (sistema de seguros de saúde gerido pelo governo dos EUA) entre 2016 e 2019.
Em 1849, a primeira mulher se formou em medicina. Porém, mesmo assim, até hoje muita gente ainda tem ideias machistas sobre a atuação feminina na medicina. Para os que acham que é melhor se consultar com um homem médico que com uma mulher, uma nova pesquisa mostra que não é bem assim.
De acordo com o estudo, para pacientes mulheres, a taxa de mortalidade foi de 8,15% quando tratadas por médicas, contra 8,38% quando o atendimento foi realizado por médicos.
Entre os pacientes homens, a diferença foi menor, mas ainda assim relevante: 10,15% para atendimentos feitos por mulheres, em comparação com 10,23% para médicos homens. Estudo foi publicado na revista Annals of Internal Medicine.
Por que pacientes de médicas vivem mais
Os pesquisadores sugerem que médicos do sexo masculino podem subestimar a gravidade dos sintomas em pacientes do sexo feminino. Enquanto mulheres podem ter uma comunicação mais eficaz, levando a diagnósticos e tratamentos mais precisos.
Além disso, pacientes do sexo feminino podem se sentir mais confortáveis ao discutir informações sensíveis com profissionais do mesmo gênero.
“O que as nossas descobertas indicam é que os médicos e os médicos praticam a medicina de forma diferente. E essas diferenças têm um impacto significativo nos resultados de saúde dos pacientes”, disse Yusuke Tsugawa, principal autor do estudo.
“Mais pesquisas sobre os mecanismos subjacentes que ligam o gênero do médico aos resultados dos pacientes e porque o benefício de receber o tratamento de médicas é maior para as pacientes do sexo feminino têm o potencial de melhorar os resultados dos pacientes em todos os aspectos”, acrescentou em entrevista ao New York Post.
A pesquisa também destaca a necessidade de maior atenção à formação médica em questões de saúde da mulher. Bem como a importância de abordar preconceitos e estereótipos que podem influenciar a qualidade do cuidado prestado.