Fundador do Pirate Bay vira o jogo e processa gravadoras
Na semana passada, o tribunal distrital de Helsinque (Finlândia) decidiu que Peter Sunde, um dos cofundadores do Pirate Bay, deve bastante dinheiro para a indústria da música. Especificamente, ele deve US$ 400.000 para uma coalizão da Sony Music Entertainment, EMI, Universal Music e Warner Music.
Então, segundo o TorrentFreak, Sunde decidiu processar as gravadoras por difamação, alegando que elas mancharam o bom nome dele.
Não é a primeira vez que ele se envolve contra a indústria da música nos tribunais, mas esta decisão mais recente parece particularmente notória. Sunde não esteve envolvido no Pirate Bay há cerca de 10 anos, e diz que só ficou sabendo do processo judicial depois de o veredito ser proferido.
Como ele disse ao TorrentFreak, “está ficando muito óbvio que eu vencerei o caso e é hora de revidar contra eles… Eu vou exigir o que me devem, finalmente.”
Após sair do Pirate Bay, Sunde trabalhou em diversos projetos que não deram muito certo. O Flattr permite realizar micropagamentos em troca de uma internet sem anúncios, mas não vingou de uma forma significativa.
Há o Hemlis, app de mensagens criptografadas, que parece estar morto. E o BayFiles, outro serviço de compartilhamento de arquivos que ele lançou com o cofundador do Pirate Bay Fredrik Neiji, também foi extinto.
Seu projeto pós-TPB mais bem-sucedido foi uma obra de arte chamada Kopimashin, que acumula multas por violação de direitos autorais ao copiar a música “Crazy”, de Gnarls Barkley, 100 vezes por segundo.
Talvez – assim como o Kopimashin – o processo de difamação seja menos sobre danos devidos e sim uma forma de Sunde irritar os gigantes da indústria fonográfica que quiseram derrubá-lo.
Foto por SHARE Conference/Flickr