A Petrobras anunciou esta semana que pediu o licenciamento ambiental para dez áreas marítimas no Brasil. A empresa quer instalar estruturas de energia eólica em alto mar.
Com isso, a Petrobras passará a ser a empresa com maior potencial de geração de energia eólica com a força do vento em alto-mar no Brasil.
O pedido foi protocolado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“A Petrobras assume hoje o papel de maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil. Energia eólica: a Petrobras chegou! E chegou chegando”, disse Jean Paul Prates, presidente da empresa, em um evento na última quarta-feira (14).
Como vai funcionar
Essas dez áreas marítimas vão ter capacidade total de 23 GW (gigawatts). São três áreas no Rio Grande do Norte, três no Ceará, além de áreas no Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
De acordo com a Petrobras, a área escolhida no estado do Rio de Janeiro apresenta um diferencial entre as demais. Ela é a única posicionada em profundidade d’água maior que 100 metros, por isso não será possível utilizar fundações fixas.
Parceria com universidades
Por serem em uma profundidade maior que 100 metros, as instalações terão que ser flutuantes.
“Unimos forças com a USP e a UFRJ, duas das mais importantes universidades brasileiras, para testar uma tecnologia 100% nacional, de eólica offshore, capaz de reduzir as emissões em nossas plataformas do pré-sal”, disse Jean Paul Prates.
O teste analisou o comportamento do sistema flutuante eólico diante das condições ambientais extremas do pré-sal, localizado em profundidades acima de 2 mil metros.
“Com os resultados do teste, vamos comparar essa iniciativa com outras opções para descarbonização das operações de exploração e produção da Petrobras, no que diz respeito ao suprimento energético das plataformas”, frisou o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos.