Fantasias de Pikachu não podem enganar os sensores da loja automatizada da Amazon

A Amazon continua a encontrar dificuldades para fazer sua loja automatizada, a Amazon Go, funcionar direito. Quem diria que seria tão difícil construir uma loja com sensores e gadgets em vez de humanos nos caixas? Mas em um recente teste na loja experimental da companhia em Seattle, alguns dos funcionários de Jeff Bezos fizeram uma […]

A Amazon continua a encontrar dificuldades para fazer sua loja automatizada, a Amazon Go, funcionar direito. Quem diria que seria tão difícil construir uma loja com sensores e gadgets em vez de humanos nos caixas? Mas em um recente teste na loja experimental da companhia em Seattle, alguns dos funcionários de Jeff Bezos fizeram uma experiência diferente. Eles se vestiram com fantasias de Pikachu para ir ao mercado automatizado.

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A história bizarra foi destaque na Bloomberg, que narrou o progresso da Amazon Go. A estratégia não apenas soa ridícula, ela também parece enganosa:

Funcionários tentaram enganar a tecnologia. Um dia, três funcionários da Amazon vestiram uma vibrante fantasia de Pikachu e passaram pela loja pegando sanduíches, bebidas e lanches. De acordo com alguém familiar com a situação, o algoritmo identificou os funcionários corretamente e cobrou suas respectivas contas da Amazon, mesmo eles estando sob o poliéster amarelo.

A parte ridícula da história é fácil de identificar. Funcionários da Amazon se vestem de personagens de um antigo jogo de Game Boy e algumas pessoas que leem sobre o experimento acreditam que os sensores mágicos identificaram os humanos vestindo as fantasias. É definitivamente um conto exótico.

Agora para a parte enganosa. Sabemos por reportagens anteriores e um vídeo promocional da própria Amazon que consumidores escaneiam seus telefones assim que entram na loja. Podemos apenas presumir que a Amazon Go usa alguma tipo de tecnologia que rastreia os consumidores por seus smartphones conforme eles passeiam pela loja coletando produtos. A Amazon não divulgou como o sistema funciona de fato, mas o vídeo promocional da loja destaca termos como “VISÃO COMPUTACIONAL” e “ALGORITMOS DE APRENDIZAGEM PROFUNDA” e “FUSÃO SENSORIAL”.

Mas apesar do sucesso do experimento com a fantasia de Pokémon, a loja ainda tem problemas com questões mais existenciais que são tipicamente resolvidas por um caixa humano. Como explica a Bloomberg:

O sistema funciona bem com compradores individuais, mas ainda encontra problemas em precisamente cobrar pessoas que se movem em grupo, como famílias com crianças. Engenheiros da Amazon Go estão estudando famílias que fazem compras em conjunto e atualizam os sensores para reconhecer, por exemplo, quando uma criança come um produto enquanto passeia pela loja. Os engenheiros também tentam identificar qual pessoa cobrar quando um casal faz compras juntos. A Amazon tem encorajado seus funcionários a visitar a loja em pares para comprar o almoço.

Então, o sistema fica confuso quando dois ou mais smartphones estão próximos um do outro na loja? E sem uma fila de pagamento, quem paga pelos itens coletados por membros de um grupo? Parece que os ALGORITMOS DE APRENDIZAGEM PROFUNDA da Amazon não são tão bons assim.

Continuamos a esperar que a Amazon Go se torne uma realidade depois que o Wall Street Journal reportou que o lançamento publico de março foi adiado devido a bugs. Alguns especulam que a Amazon quer instalar essa tecnologia em outras lojas, como a Whole Foods. Até vermos o sistema da Amazon Go lançado em um loja de verdade com compradores reais (leia-se: que não sejam funcionários da Amazon vestidos de personagens de Pokémon), a Amazon Go continua a ser apenas uma experiência.

[Bloomberg]

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