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Pingou café do bule na toalha? Cientistas explicam por que isso seeeempre ocorre

O fenômeno pode ser explicado por um conjunto de fatores, desde a velocidade em que a bebida é colocada até a interação de forças físicas. Entenda

Fãs de cafés da manhã bem-servidos já passaram por uma situação do tipo: ao tentar usar um bule de chá para colocar qualquer líquido na xícara, parte do produto escorre pela lateral do recipiente, tornando sua toalha de mesa a vítima da história. 

Isso tem um nome (e não é azar). O chamado “efeito bule” foi descrito em 1956 por Markus Reiner, físico que foi pioneiro em estudos sobre a deformação e escoamento de matéria. Depois dele, muitos cientistas estudaram o fenômeno, o que rendeu até mesmo um Prêmio IgNobel em 1999 –  uma premiação criada pela revista de humor científico Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável), que exalta estudos inusitados. 

Apesar do fenômeno já ser bem conhecido, ele ainda não havia sido explicado com precisão. Pesquisadores da Universidade Técnica de Viena, na Áustria –a mesma em que Reiner estudou no início da carreira– parecem ter mudado esse jogo. O artigo completo sobre o tema foi publicado no Journal of Fluid Mechanics.

Passo a passo

Podemos começar com uma explicação bem básica: a velocidade em que o chá, café ou leite é colocado na xícara influencia na quantidade de líquido que irá vazar. Quanto mais devagar, maior o fluxo que escorre pelo bule. Isso ocorre devido a interação entre algumas forças físicas que acabam mantendo uma pequena quantidade de líquido na borda do bico.

Mas quais são essas forças? Em primeiro lugar, está a inércia, que garante o fluido na sua direção original. Depois, têm-se a viscosidade, que caracteriza a resistência de um fluido ao escoamento. Por último, está a capilaridade, propriedade física que, neste caso, interage diretamente com a inércia, fazendo com que o fluido sofra uma desaceleração bem no bico. Assim, forma-se a gotinha de líquido que deixa a ponta do bule sempre úmida. 

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