Ciência

Pipoca substitui refeição? Especialista explica os riscos da prática ao Giz Brasil

Em entrevista ao Giz Brasil, a nutricionista Cláudia Almeida, da UFPR, alerta para os riscos desse tipo de dieta. Confira as dicas!
Imagem: Freepik/Reprodução

Em busca de soluções rápidas para uma alimentação mais leve, muitas pessoas têm aderido a práticas alimentares questionáveis. Por exemplo, substituir refeições por pipoca. Popular nas redes sociais, a prática de “jantar pipoca” pode oferecer riscos para quem resolve adotar esse hábito.

Em entrevista ao Giz Brasil, a professora Cláudia Choma Bettega Almeida, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR), alerta para os riscos desse tipo de dieta.

Ela explica que as refeições principais, como almoço e jantar, devem ser compostas por uma variedade de alimentos que abrangem todos esses grupos alimentares.

“Quando substituímos uma refeição, como o almoço, por pipoca, estamos negligenciando a ingestão dos outros grupos alimentares. Esses grupos fornecem nutrientes essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo”, afirma a especialista.

A pipoca, popularmente consumida como um petisco, faz parte do grupo dos cereais, juntamente com alimentos como arroz, trigo e centeio. Segundo Almeida, a principal função desse grupo alimentar é fornecer energia para o organismo.

No entanto, é fundamental lembrar que uma alimentação saudável exige diversidade e variedade alimentar. Isso significa que é necessário consumir diariamente diferentes grupos alimentares, como cereais, raízes ou tubérculos, carnes ou ovos, verduras e legumes, leite e derivados, frutas e leguminosas, além de manter uma ingestão adequada de água.

Dietas da moda

A nutricionista explica que a pipoca, embora contenha fibras quando preparada em casa com pouco óleo, não é uma fonte adequada de vitaminas e minerais essenciais para nossa saúde

“Estas dietas da moda fogem do padrão alimentar habitual das pessoas, fazendo com que elas voltem, depois de um tempo, a consumir o que habitualmente consumiam”, alerta Cláudia.

Além disso, é importante destacar que a qualidade da pipoca pode variar amplamente dependendo de como é preparada. A professora aconselha dar preferência à pipoca caseira, preparada com pouco óleo e com moderação no uso de sal ou açúcar adicionados.

A substituição de refeições por pipoca não é uma prática saudável, pois priva o corpo de nutrientes essenciais e desequilibra a dieta.

Claudia esclarece que o ideal é manter uma alimentação equilibrada, variada e adequada às necessidades individuais. Assim, evitando seguir modismos alimentares que podem prejudicar a saúde a longo prazo.

“Consultar um nutricionista é sempre uma ótima opção para obter orientações personalizadas sobre alimentação e nutrição”, completa.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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