Um neurocientista da Emory University descobriu que hormônios podem ser os responsáveis pela anormal (entre mamíferos) inclinação que os humanos têm à monogamia. Ele acha que uma real poção do amor pode não estar muito longe.
Embora sua pesquisa seja voltada a ajudar as habilidades sociais de pacientes autistas e esquizofrênicos, os hormônios isolados têm os mesmos efeitos em qualquer humano. Larry Young acredita que a oxitocina, um hormônio que produz algumas das mesmas reações neurais da nicotina e da cocaína, seja a raiz da reação química que compele humanos a serem monogâmicos (diferente de mais de 95% de todos os mamíferos). Segundo pesquisas com pessoas que receberam oxitocina pela narina, o hormônio parece aumentar os sentimentos de confiança e empatia. Já o bloqueio da mesma substância em fêmeas de roedores Microtus ochrogaster, normalmente monogâmicos, torna-as adeptas do sexo selvagem sem comprometimento.
Young acha que poções do amor podem ser desenvolvidas a partir desses avanços de modo razoavelmente fácil. Até lá, acho que terei que continuar a fazer as coisas do meu velho jeito: enviando chulas poesias “limerick” a Scarlett Johansson, sob nomes fictícios. [NY Times]