Por que, afinal, os “sommeliers de vacina “são tão ruins para a sociedade

Quando alguém nega uma marca para procurar outra, há riscos de contaminação, surgimento de variantes e diminuição da cobertura vacinal.

Na fila da vacinação contra o novo coronavírus da UBS Jardim Brasília, na Zona Leste de São Paulo, algumas pessoas desistiram do imunizante quando souberam que a vacina que estava sendo aplicada era da Astrazeneca. A atitude é atribuída, principalmente, às reações causadas pouco após a primeira dose. Alguns sentem dor de cabeça, moleza e dor local. “Ouvi dizer que dá muitos efeitos colaterais e quero procurar outra”, disse um dos desistentes. Ele é um dos que passou a ser chamado, pejorativamente, de “sommeliers de vacina”.

Assim como ele, Deusa Maria Pereira gostaria de escolher o fabricante. Por mais que já tenha recebido a primeira dose da Astrazeneca, para ela, a Janssen seria a melhor escolha, já que a marca Johnson & Johnson passa mais credibilidade. “A gente já conhece a marca e confia por usar os produtos no cotidiano. Além disso, a dose única dá a sensação de maior segurança”, afirma. “Todas essas vacinas foram feitas muito mais rápido do que o normal, isso deixa a gente com medo”. A Pfizer é outra que se tornou valiosa nos postos de saúde. O lote distribuído no mês de maio na capital paulista, com 135.720 doses, esgotou em dois dias. A marca é a mais procurada pela eficácia, que chega a 95%, e por ser uma das poucas que estão sendo aceitas nos Estados Unidos e em países da Europa.

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