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Por que os parques nos EUA estão pedindo para turistas não lamberem sapos

Sapos do rio Colorado têm toxinas capazes de matar cães. Mas há quem esteja disposto a correr o risco e coletar a substância diretamente dos anfíbios. Pra quê? Para ficar doidão

Por que os parques nos EUA estão pedindo para os turistas não lamberem sapos

Imagem: Serviço Nacional de Parques dos EUA/Reprodução

Que tal deixar o hábito de beijar sapos apenas para as princesas dos contos de fadas? Na última semana, o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos publicou em suas redes sociais um pedido para que as pessoas evitassem lamber uma espécie que habita o deserto de Sonora. 

O animal em questão é o Bufo Alvarius, conhecido também como sapo do rio Colorado. Ele é um dos maiores sapos encontrados na América do Norte, podendo alcançar até 18 centímetros.

Mas não é o tamanho do sapo que leva o público a tirar uma lasquinha. Esses animais possuem glândulas parótidas que secretam uma toxina potente, chamada 5-MeO-DMT. Lamber ou fumar a substância seca e cristalizada pode deixar os humanos eufóricos e desencadear alucinações auditivas.

O problema é que o ato de manusear o anfíbio com as mãos e levar os dedos à boca já pode gerar reações e ameaçar à saúde. O composto liberado pelo sapo do rio Colorado é forte o suficiente para matar um cão adulto. 

As glândulas parótidas estão localizadas atrás dos olhos do sapo, sendo essa a principal região a ser evitada. Para você ter uma ideia da gravidade, o porte do veneno do sapo, conhecido como bufotenina, é ilegal na Califórnia.

As contraindicações não se restringem aos sapos. Em comunicado, as autoridades reforçam que os turistas devem evitar colocar na boca qualquer coisa encontrada no parque, seja uma lesma ou um cogumelo. Há outras formas (mais seguras) de ficar doidão por aí, isso nós garantimos.

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