Por que os vasos sanitários são feitos de porcelana

A gente senta no mesmo tipo de privada há séculos. Claro, o sistema de esgoto melhorou e os assentos agora usam todo tipo de material e vêm em vários estilos (incluindo uma com tampa de vinil adornada por gatinhos), mas não importa o quão modernos os vasos sanitários fiquem, centenas de anos após terem sido […]
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A gente senta no mesmo tipo de privada há séculos. Claro, o sistema de esgoto melhorou e os assentos agora usam todo tipo de material e vêm em vários estilos (incluindo uma com tampa de vinil adornada por gatinhos), mas não importa o quão modernos os vasos sanitários fiquem, centenas de anos após terem sido inventados a maioria ainda é de porcelana.

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Mas por quê? Não existe nenhum material melhor para receber o resultado das nossas preferências gastronômicas modernas?

Na verdade, não!

Uma privada precisa fazer três coisas bem, segundo Brian Hedlund, gerente sênior de produtos para banheiro da Kohler. Primeiro, “ela precisa de um sistema de descarga.” Em seguida, diz, “ela precisa ser à prova d’água, limpa e higiênica.” Finalmente, explica o rei dos tronos da Kohler, “ela precisa ser firme.” Porque as pessoas sentarão ali e algumas dessas pessoas serão bem pesadas. A porcelana, como você deve ter adivinhado, atende a esses três requisitos.

O mais importante para o usuário é que a privada seja um efetivo… ahn… remover de dejetos. Mas o que se parece para a maioria de nós algo como água descendo por um buraco para sabe-se-lá-onde é, na realidade, uma máquina com um projeto bem complicado. “O reservatório, a bacia, a tampa — tudo é altamente detalhado,” diz Hedlund. “Há muita engenharia intrincada.” Vasos sanitários de vítreo (o que chamamos de porcelana) são feitos de argila e água. O processo de fabricação, que inclui a colocação em um molde, acabamento, revestimento de esmalte e então uma passada em um forno, é bastante simples e bem barato.

O plástico, por outro lado, se transforma em objetos através da moldagem por extrusão ou injeção. Para uma estrutura tão complicada quanto a do vaso sanitário, a fabricação em plástico é proibitivamente cara. É por isso que a presença do plástico no troninho é tipicamente restrita ao assento; é simplesmente muito caro usá-lo nele todo.

Outro fator é a durabilidade. Vamos encarar a realidade: todos nós precisamos colocar o traseiro no vaso — e quando isso acontece, é bom que ela suporte a gente e nos mantenha longe do que tem ali embaixo. A porcelana é super forte e altamente rígida. O plástico, porém, nem sempre. Embora ele provavelmente não vá se deformar sob o peso de uma “aterrissagem” mais forte, ele certamente passará essa sensação e essa resposta importa ao usuário.

Ok, talvez o plástico não seja muito prático. E o aço inoxidável? Ele é resistente e fácil de fabricar. Eles têm vasos de aço na prisão, não? O problema, aparentemente, é a experiência do usuário. Embora o aço inoxidável seja muito forte, ele é bastante sensível a mudanças de temperatura. Em outras palavras, ele congelaria o seu traseiro. Cobri-lo com um assento de plástico ou madeira não parece ser o certo e a moda da prisão não tem muito espaço em uma casa comum.

A porcelana também é a campeã no descarte da água. Talvez soe simplório, mas um material poroso abre as portas para líquidos e bactérias, logo, ser impenetrável para ambos é importante em uma estrutura cujo trabalho principal é lidar com dejetos. O segredo para manter a água longe é o esmalte da porcelana. Depois que o vaso é revestido, ele é incendiado em um forno. Diferente de outras soluções que permitem o acúmulo de água e bactérias, o esmalte para a bactéria na superfície do vaso.

Ter todo o material concentrado na superfície do vaso também torna a sua limpeza mais fácil. (Imagine se limpar a privada fosse qualquer coisa mais desagradável.) E a cada ano que passa uma nova leva de produtos de limpeza agressivos afirmam que limpam melhor. Para assegurar que o vaso consiga suportar a pressão tanto da abrasividade quanto dos químicos, a Kohler envia os seus com o equivalente a 20 anos de uso ou 80 mil limpezas. O teste, diz Hedlund, apenas confirma que as pessoas costumam atualizar suas privadas mais para economizar água ou por questões estéticas do que pela real necessidade.

É incrível que a porcelana tenha permanecido como a número um por tanto tempo, especialmente se considerarmos que, como diz Hedlung, “ninguém usa a privada da mesma forma.” Eu não tenho certeza sobre o que ele está falando, mas faz sentido para o homem por trás da mágica ter altos padrões. Na realidade, é reconfortante — uma privada estragada é algo muito, muito ruim.

Rachel Swaby é uma escritora freelancer de San Francisco.

Imagem do topo da patente #3504385.

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