Esta impressionante prancha voadora movida a turbinas foi exibida em desfile militar na França

Chamado de Flyboard Air, veículo, que é uma espécie de prancha voadora movida a turbinas, foi demonstrado durante Dia da Bastilha, na França.
Prancha voadora Flyboard Air mostrada durante desflie do dia da Bastilha na França
Thierry Chesnot/Getty Images

Durante as festividades do Dia da Bastilha, neste domingo (14), em Paris, rolou uma demonstração do Flyboard Air, uma espécie de prancha movida a turbina a gás, inventada pelo campeão de jetski Franky Zapata.

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Zapata carregou o que parecia ser um rifle não carregado conforme ele voava sobre as forças militares francesas que desciam a avenida Champs-Élysées com as bandeiras da Iniciativa Europeia de Intervenção, um pacto de coordenação estratégica entre 10 países. Em um clipe postado pela France2, o presidente Emmanuel Macron parecia ver toda esta situação como se não fosse grande coisa, apesar de bater palmas quando a prancha voadora passa por ele:

Por um acaso, esta cena não faz você se lembrar de algo de um filme do Homem Aranha?

De acordo com o France24, Zapata carregou o rifle para mostrar a potencial aplicação da prancha para fins militares. O ministro das Forças Armadas da França, Florence Parly, disse à rádio France Inter que o dispositivo “pode permitir testes para diferentes tipos de uso, como uma plataforma voadora de logística ou mesmo para combate”. Zapata também disse em 2017 que eles estavam trabalhando com as forças militares dos EUA em um dispositivo para aplicações de combate.

Existem problemas de engenharia de longa data e bem conhecidos que impediram que os jetpacks convencionais se tornassem mais do que novidades secundárias e muito caras de se operar, com raras exceções. O problema é que a atividade necessita de muita energia para sustentar o voo, além da dificuldade de controle da nave e questões de segurança — imagine só colocar um potente motor a jato nas costas de alguém.

Uma observação de setembro de 2018 do trabalho de Zapata com os militares dos EUA no Drive mostra que seu equipamento resolve alguns dos problemas dos jetpacks, ao introduzir sete turbinas a jato controladas por computador que enviam dados de voo para um monitor do tamanho de um tablet, além de um “sistema embutido de compensação automática e redundância, no caso de alguma turbina falhar”.

Zapata divulga uma versão de sua prancha voadora personalizada chamada de Fly-EZ como ideal para propósitos militares, podendo ser usado para transferências de marinheiros, rotinas de patrulha e até acesso a áreas proibidas. De acordo com o Drive, o veículo pode carregar até 127 kg, voando a 129 km/h por até 12 minutos, sem contar que pode atingir altura máxima de 2,7 km (o France24 cita diferentes especificações para o veículo testado na demonstração na França, mencionando uma velocidade de 189 km/h com autonomia de 10 minutos).

Apesar de toda a tecnologia, o Drive nota que seria extremamente caro equipar tropas com este sistema (com um preço potencial de US$ 250 mil por unidade) e não resolve outros problemas que surgiram em investigações militares anteriores com jetpacks. Esses incluem o alto ruído que interromperia operações furtivas, deixando o operador inteiramente exposto ao fogo inimigo e com opções limitadas de defesa. Sem contar com o fato de que helicópteros já podem transportar tropas e material em massa em intervalos de duração muito mais longos. Isso, óbvio, não exclui seu uso em todos os cenários — a prancha voadora pode ser utilizada em transportes rápidos em bases militares e operações de socorro — no entanto, resta saber se o Flyboard será, algum dia, amplamente adotado pelas forças armadas.

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