O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, identificou que o caso suspeito de variante indiana do coronavírus, a B.1.617.2, se trata mesmo da nova cepa. O indivíduo é um morador de 32 anos de Campos dos Goytacazes do Rio de Janeiro, que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos em maio.
A vigilância falhou no monitoramento e isolamento do viajante, mas ele foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão federal informou a pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. A amostra foi enviada ao Lutz e o sequenciamento finalizado nesta quarta-feira (26).
Em nota, o Instituto afirma que após ser comunicada pela Anvisa, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou, juntamente com o município, as medidas de vigilância epidemiológicas necessárias. Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para o acompanhamento do caso. Ainda assim, não há registros de um caso desta linhagem no estado de São Paulo.
De acordo com o jornal O Globo, o homem teve contato com dezenas de pessoas: se hospedou num hotel, ao lado do Aeroporto Santos Dumont, quando chegou no estado. No domingo, ele foi de carro para a cidade do Norte Fluminense e, depois, retornou para a capital na segunda-feira, onde voltou a se hospedar, em isolamento.
Após análises do Instituto Adolfo Lutz e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) foram encontrados 375 casos autóctones dessas três variantes até 26 de maio: uma confirmação de B.1.617.2, três confirmações de B.1.351, 15 confirmações de B.1.1.7 e 356 confirmações de P.1. Até o momento, não há notificação oficial da variante P4, embora ela tenha sido identificada no interior de São Paulo por um virologista.