Por trás das gigantes de processadores móveis – como Qualcomm, Apple e Samsung – está a ARM. A empresa britânica criou uma nova microarquitetura para smartphones e tablets que é ainda mais rápida e mais eficiente.
>>> Processador para smartphones baratos é até 40% mais rápido e consome menos energia
O Cortex-A73 promete desempenho 30% maior e eficiência energética 30% maior se comparado à geração anterior – núcleos Cortex-A72 são usados no Snapdragon 652; no veloz HiSilicon Kirin 950, da Huawei; e no MediaTek Helio X20 com dez núcleos.
Segundo o Ars Technica, a parte mais interessante do novo Cortex-A73 é sua promessa de atingir um desempenho elevado e de manter essa performance por mais tempo.
É um problema que afetou o Snapdragon 810, por exemplo: ele deveria ser mais rápido que a concorrência, mas na prática, precisava rodar em um clock mais baixo para evitar superaquecimento.
Enquanto isso, chips com Cortex-A73 podem manter um desempenho bastante próximo ao limite máximo sem superaquecer. Isso significa o dobro da performance contínua em relação a processadores como o Snapdragon 810 e o Samsung Exynos 7, presente no Galaxy Note 5 e Galaxy S6.
Isso é bem importante para jogos e especialmente para a realidade virtual, que exigirá mais dos processadores – e por mais tempo. Se a taxa de quadros diminui, o usuário percebe rapidamente e perde a imersão.
A performance contínua é maior graças a mudanças na arquitetura, e também graças a processos de fabricação mais compactos de 10nm, que deixam os transistores mais próximos entre si, fazendo-os consumir menos energia.
A ARM também preparou o chip gráfico Mali-G71 e a nova arquitetura Bitfrost, que tem suporte a algo chamado “computação heterogênea”. Basicamente, o chip gráfico pode ser usado como um processador comum.
A HSA (Arquitetura de Sistemas Heterogêneos) permite que o chip gráfico e o processador compartilhem memória entre si, acelerando algumas tarefas. AMD e ARM estão unidas desde 2012 para promover esta arquitetura.
Processadores com Cortex-A73 e Mali-G71 começarão a ser produzidos no final do ano, e chegarão a dispositivos no início de 2017.
[ARM via Ars Technica]