Desde que foi apresentado oficialmente, “Assassin’s Creed Shadows” — o próximo jogo de uma das franquias mais bem sucedidas da Ubisoft — vem sendo alvo de ataques de pessoas insatisfeitas com um de seus protagonistas, Yasuke — um samurai de origem africana. As críticas vem, até mesmo, do bilionário Elon Musk.
Embora o personagem seja inspirado em uma figura histórica frequentemente referenciada na cultura japonesa, parte da comunidade gamer está acusando a empresa francesa de “forçar” a diversidade. Além disso, há críticas de que o jogo é intencionalmente impreciso ao retratar o período feudal do Japão.
Musk endossou essa tese, respondendo a uma postagem no X de um influenciador de extrema direita. O magnata disse que DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão, na sigla em inglês) “mata a arte”. Veja a postagem:
“A Ubisoft deveria adiar ‘Assassin’s Creed Shadows’ em resposta à reação generalizada sobre a implementação de DEI no jogo? O jogo é tão ‘woke’ que apresenta um protagonista negro gay retratado como um ‘verdadeiro samurai histórico’ no Japão. Ofensivo. Ninguém pediu isso”, disse Ian Miles Cheong.
Em entrevista concedida ao Games File, Marc-Alexis Côté, produtor executivo do game, comentou a situação. O desenvolvedor admitiu que sentiu vontade de responder o proprietário do X/Twitter mais incisivamente, mas reconheceu que não era a melhor abordagem para transmitir sua visão ao público. “Atacando alguém como Elon não vou convencer as pessoas da nossa visão enquanto equipe”, afirmou Côté.
Ele ainda falou sobre o processo de desenvolvimento de “Assassin’s Creed Shadows”, que começou com pesquisas de aspectos mais periféricos. No entanto, conforme a produção foi avançando, tudo foi se encaminhando naturalmente para a escolha de Yasuke como protagonista, em razão de sua natureza e importância na cultura japonesa.
Além disso, o produtor continuou seu argumento dizendo que os jogadores poderiam entender perfeitamente a escolha do protagonista logo nos primeiros minutos do título. Côté declarou que se as pessoas não forem convencidas de que o personagem foi uma boa escolha nos “primeiros 11 minutos e 47 segundos”, nada poderá convencê-las do contrário.
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