Proibir sacolas de plástico elimina o uso de 6 bilhões de sacolas por ano, diz estudo
Um estudo do grupo ambiental Environment America Research & Policy Center, publicado na última segunda-feira (22), revelou que proibir sacolas de plástico pode eliminar o uso de cerca de 300 sacolas por pessoa anualmente.
A pesquisa confirma que várias cidades e estados dos EUA, ao adotarem essas proibições, conseguiram reduzir significativamente o uso de sacolas plásticas — diminuindo, assim, a quantidade de lixo e a poluição ambiental.
Lugares como Nova Jersey, Vermont, Filadélfia, Portland e Santa Barbara, reduziram o número de sacolas de plástico em quase 6 bilhões por ano. O estudo destaca que essa quantidade, se colocada lado a lado, seria suficiente para dar a volta ao mundo 42 vezes.
Aliás, a proibição em Nova Jersey, que começou em 2022, eliminou mais de 5,5 bilhões de sacolas por ano. Outros locais também tiveram reduções significativas, com variações dependendo da população. Os dados são de entidades municipais, acadêmicos e das indústrias de plásticos e supermercados.
Os dados reúnem informações de entidades municipais, acadêmicos e das indústrias de plásticos e supermercados.
28 estados dos EUA passaram a proibir sacolas de plásticos
As sacolas de plásticos representam um grande problema ambiental, pois poluem em todas as etapas — desde a extração de petróleo e gás para produzi-las até o descarte. Normalmente, elas acabam em lixões, onde ficam por séculos.
Até 2021, mais de 500 cidades em 28 estados dos EUA já tinham introduzido proibições de sacolas de plástico, sendo 25 desses municípios na Pensilvânia. Em 2023, mais dez estados adotaram tais proibições, com Colorado e Rhode Island entrando nessa no início do ano.
Nas regiões onde as proibições são efetivas, a indústria de plásticos tentou contornar as medidas substituindo sacolas finas por outras mais grossas, chamadas de “reutilizáveis”. No entanto, essas sacolas são frequentemente descartadas após um único uso. Desse modo, há um aumento no peso total do lixo plástico, apesar da redução no número de sacolas distribuídas.
O relatório sugere estratégias adicionais para combater essas brechas. Isso inclui a proibição de sacolas de plástico de todas as espessuras, imposição de taxas sobre sacolas de uso único e garantia de uma fiscalização rigorosa.