Projeto SmartSuit, feito por universitários, propõe repaginar as roupas espaciais

Projeto de universidade dos EUA trabalha em uma roupa espacial que traga maior mobilidade e mais conforto, principalmente na região dos joelhos
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Imagem: Unsplash/Reprodução

Você já parou para pensar como funciona um traje espacial e como deve ser vestir um deles literalmente no espaço? Apesar de comprovadamente eficientes, há sempre algo a melhorar.

Pensando nisso, um projeto desenvolvido pela professora Ana Diaz Artiles e pelo estudante de pós-graduação Logan Kluis, da Universidade Texas A&M, nos EUA, tenta repaginar as roupas espaciais. Para além do visual, a ideia é também trazer melhorias em outros aspectos.

Chamada de SmartSuit, a roupa é considerada uma “nova arquitetura de traje espacial” que tem como objetivo criar uma experiência traje espacial mais seguro e melhorar a agilidade em caminhadas espaciais e atividades fora do planeta.

Graças ao incrível avanço tecnológico, já é possível pensar e criar uma roupa espacial que traga segurança, maior mobilidade e até troca de informação entre ambiente e astronauta. E essas são as três principais linhas que a criadora do projeto segue.

É extremamente importante que o traje espacial tenha muita mobilidade para as atividades fora da nave. Um bom exemplo é que quando o astronauta está em um solo alienígena e precisa se ajoelhar para coletar pedras e amostras. Segundo a professora, o equipamento atual não foi pensado para isso.

“O traje espacial atual foi projetado para condições de microgravidade. Nessas condições, os astronautas não precisam andar ou se movimentar usando a parte inferior do corpo, eles normalmente se traduzem usando a parte superior do corpo. Agora, quando você estiver em uma superfície planetária, os astronautas precisarão andar, dobrar, ajoelhar, pegar pedras e muitas outras atividades semelhantes que exigem uma melhor mobilidade dos joelhos”, explicou Diaz Artiles.

Segundo Artiles, estar dentro do atual traje envolve, mais que o desconforto, questões como desgaste físico, por exemplo. E, já pensando em futuras missões, como o retorno da humanidade à Lua, é importante economizar o máximo de energia e ter o mínimo de problemas possível.

“Se você está coletando amostras e fazendo testes, gasta muita energia. Então, quando formos para missões como a Lua e Marte, teremos que trazer toda essa comida ou teremos que cultivá-la. Então, qualquer tipo de economia que você possa ter  seria muito útil”, ressaltou a professora.

Inicialmente, o projeto SmartSuit está com o trabalho focado apenas na parte dos joelhos do traje no momento. Mas, segundo os pesquisadores, há planos de implantar melhorias no traje inteiro. Os futuros exploradores espaciais agradecem.

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