Protocolo de Montreal funciona e camada de ozônio caminha para recuperação
O buraco na camada de ozônio foi identificado por cientistas em maio de 1985. Os pesquisadores já sabiam que produtos químicos como clorofluorcarbonos (CFCs) poderiam destruir essa barreira que protege a Terra da radiação ultravioleta, mas as autoridades só agiram dois anos mais tarde.
Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que proibia o uso de quase 100 produtos químicos sintéticos ligados à destruição da camada de ozônio. Felizmente, o acordo global foi cumprido e está trazendo resultados satisfatórios.
Good news from #AMS2023: The ozone layer is on track to recover within four decades.
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Partners 🤝🏽 @UNEP, @NOAA, @NASA, @EU_Commission pic.twitter.com/03FY2TQHPo
— World Meteorological Organization (@WMO) January 9, 2023
Segundo a ONU, se as políticas atuais permanecerem em vigor, a camada de ozônio poderá recuperar os valores de 1980 até 2040. A barreira pode demorar um pouco mais para se recompor em alguns locais do globo, como a Antártica e o Ártico. Nestes pontos, a melhora é esperada por volta de 2066 e até 2045, respectivamente.
Não são apenas os problemas relacionados à camada de ozônio que estão sendo solucionados pelas políticas públicas. Em 2016, foi adicionado ao Protocolo de Montreal a Emenda de Kigali. Esse reforço exigiu a diminuição da produção e consumo de hidrofluorcarbonetos (HFCs), presentes em equipamentos de refrigeração e ar condicionado.
Os hidrofluorcarbonetos não afetam a camada de ozônio diretamente, mas são considerados gases do efeito estufa muito potentes, já que se acumulam na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. O relatório da ONU estima que a Emenda de Kigali evitará entre 0,3 e 0,5ºC de aquecimento até o final deste século.