Quais os sintomas da varíola do Alasca, matou um nos EUA
As autoridades de saúde dos EUA conhecem o vírus Alaskapox, ou varíola do Alasca, há nove anos, mas consideravam a doença como algo controlado. Até agora, apenas 6 pessoas haviam sido contaminadas. No entanto, na última semana, a infecção pelo vírus resultou na morte de um homem — e trouxe um novo alerta à população.
Sobre a doença
O Alaskapox pertence a uma família de vírus chamada orthopoxvírus, que podem infectar animais e humanos. Em geral, a doença tende a causar lesões na pele, assim como outros tipos de varíola — a tradicional, a varíola dos camelos, varíola bovina, varíola dos cavalos e varíola dos macacos.
Embora tenham essa característica em comum, cada uma tem seus próprios sintomas e algumas são consideradas mais perigosas do que outras. A varíola do Alaska, por exemplo, costuma causar inchaço nos gânglios linfáticos, bolinhas com pus na pele, além de dor nas articulações ou músculos.
Além de rara, ela costuma se manifestar de maneira leve. Dessa forma, o último caso surpreendeu as autoridades de saúde do Alasca.
Entenda o caso
A primeira vítima da varíola do Alasca foi um homem idoso, que estava em tratamento para combater um câncer. Por isso, ele tinha um sistema imunológico suprimido devido aos medicamentos que tomava.
Depois de notar uma ferida na axila, em setembro de 2023, ele buscou atendimento médico com queixas de fadiga e dor ardente. Por dois meses, médicos seguiram investigando seu quadro, até que em novembro o paciente foi hospitalizado.
Sua morte ocorreu no mês passado e o boletim foi divulgado na última semana pelas autoridades de saúde pública do Alasca.
Contaminação
O caso levantou suspeita para a contaminação espalhada de varíola do Alasca por meio de animais infectados. A primeira vítima da doença vivia em uma região remota e arborizada do estado americano e havia sofrido diversos arranhões de um gato de rua. Um deles era na axila.
Descoberto em 2015, o Alaskapox já foi encontrado principalmente em pequenos mamíferos, como ratos e musaranhos. Contudo, as autoridades alegam que animais de estimação, como cães e gatos, também podem carregar o vírus.
Dessa forma, especialistas alertam para que as pessoas evitem tentar manter a vida selvagem como animais de estimação. Além disso, sugerem que donos de animais mantenham seus pets a uma distância segura e lavem as mãos sempre que entrar em contato com o bichinho.
Até hoje, não existem evidências de que um humano transmitiu a varíola do Alasca para outra pessoa.