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Quais são os efeitos colaterais do emagrecedor Mounjaro

Embora tenha apenas aprovação para tratar diabetes, a tizerpatida também causa o emagrecimento; confira os efeitos colaterais do Mounjaro

Quais são os efeitos colaterais do emagrecedor Monjauro

Apesar de trazer benefícios, medicamentos podem trazer possíveis efeitos colaterais. Com o Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, não é diferente. Com uso aprovado pela Anvisa em 2023, o medicamento, cujo ativo é a tizerpatida, ainda não chegou ao Brasil, mas já está à venda nos EUA. Aqui no Brasil, por enquanto, só sabemos o preço 

E, com base nos estudos clínicos realizados antes da aprovação e dos relatos de quem já usa o medicamento em outros países, seus efeitos colaterais causam bastante desconforto em algumas pessoas. O Giz Brasil lista os principais deles abaixo.

Direto no sistema gastrointestinal

Em geral, a tizerpatida atua no estímulo à produção de insulina, com objetivo de diminuir a taxa de açúcar no sangue após uma refeição. Além disso, o medicamento também retarda a velocidade da digestão, aspectos diretamente relacionados ao sistema gastrointestinal.

Por isso, o principal efeito colateral do Mounjaro está relacionado a essa parte do organismo, que inclui esôfago, estômago, intestinos, fígado, pâncreas, vesícula bilear, reto e ânus. 

De acordo com a FDA (Food and Drug Administration, que equivale à Anvisa nos EUA), os relatos mais comuns apontam a náusea como consequência da ingestão do remédio. Em testes clínicos com o medicamento, 18% dos pacientes que tomaram a dose mais alta de Mounjaro (15 miligramas injetados uma vez por semana) relataram o enjoo. 

No entanto, tanto a fabricante quanto especialistas apontam que esse efeito colateral acontece enquanto o organismo se adapta à tizerpatida, ou então quando a dose é aumentada. Além da náusea, os efeitos colaterais do Mounjaro também incluem:

Como é aplicado por uma injeção, o medicamento também pode causar reações no local onde há a picada. Geralmente, isso acontece na barriga, na parte superior do braço ou na coxa.

De acordo com dados da FDA, 3,2% das pessoas que utilizaram as canetas de Mounjaro nos ensaios clínicos relataram reações no local da injeção. Nesses casos, a pessoa sente coceira, vermelhidão e sensibilidade, mas a pessoa pode também apresentar dor, erupções cutâneas e nódulos.

Um estudo recente também sugeriu que o medicamento causa a diminuição na pressão sanguínea arterial. Além dos efeitos colaterais do Mounjaro já citados, a lista inclui também outros que são mais raros. Por exemplo:

Existe efeito rebote?

Um estudo publicado na revista JAMA testou essa hipótese. A pesquisa acompanhou pessoas com sobrepeso ou obesidade que tomaram tirzepatida por 36 semanas e depois mudaram para um placebo.

No total, os participantes recuperaram 14% do peso corporal durante o ano seguinte. Em contraste, aqueles que permaneceram com tirzepatida perderam mais 5,5% do peso durante esse período.

Isso porque o medicamento é projetado para uso a longo prazo e a decisão de parar de tomá-lo deve ser acompanhada de outras medidas, com acompanhamento profissional.

Acompanhamento médico

Como um de seus efeitos é retardar o esvaziamento do estômago, o Mounjaro pode interferir na absorção de outros medicamentos e suplementos. Por exemplo, a eficácia dos contraceptivos orais pode diminuir.

Além disso, por baixar o nível de açúcar no sangue, a tizerpatida também pode ter efeito potencializado ao ser tomada junto a outros remédios com a mesma função, como por exemplo a insulina. Dessa forma, há risco de hipoglicemia.

Também existem efeitos colaterais graves da tizerpatida, que são raros, mas devem ser previstos em certos casos. Por exemplo, o Mounjaro pode contribuir para um quadro de insuficiência renal, caso o paciente já tenha doença crônica nos rins e passe por um episódio de desidratação.

Outros efeitos colaterais raros, mas graves, incluem retinopatia diabética, pancreatite, paralisia estomacal e mudanças emocionais.

Por isso, é importante seguir o acompanhamento profissional ao tomar o Mounjaro. Apenas um médico que conhece o quadro clínico de um paciente, sua rotina e necessidades pode orientar se é preciso e qual a melhor maneira de tomar a tizerpatida.

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