Qualcomm pode ter obtido licença dos EUA para fornecer chips à Huawei
Tudo indica que falta muito pouco para a Huawei voltar a adquirir chips da Qualcomm. Um novo rumor vindo da China afirma a empresa por trás dos processadores Snapdragon obteve uma licença do governo dos EUA para vender novas CPUs móveis à companhia chinesa.
Há pouco mais de um ano, a Huawei viu seus negócios serem atingidos em cheio com as restrições do governo dos Estados Unidos, que proibiu empresas locais de vender tecnologias para a gigante asiática.
Isso afetou também o desenvolvimento de chips próprios Kirin, uma alternativa aos Snapdragon que a Huawei havia desenvolvido nos últimos anos. Essa produção também foi afetada porque a maioria das peças usadas na produção do componente usa tecnologia dos EUA.
Eis que, agora, com o suposto acordo da Qualcomm, a Huawei estaria autorizada a adquirir chips fabricados pela empresa para equipar aparelhos das linhas Mate e P. A questão é a chinesa precisaria cumprir alguns pré-requisitos para que isso aconteça, e o principal deles é a venda da subsidiária Honor, que fabrica smartphones intermediários e de baixo custo.
Coincidência ou não — e não sabemos se é por causa da mera possibilidade de voltar a fazer negócios com a Qualcomm –, isso estaria prestes a acontecer.
Nesta semana, um outro rumor veiculado pela agência Reuters dá como certa a venda da Honor para um consórcio liderado pela Digital China, que faz a distribuição dos telefones, e o governo de Shenzhen, onde fica a sede da Huawei, no sudoeste da China.
O acordo, que pode acontecer agora em novembro, deve ficar em 100 bilhões de inanes, o equivalente a US$ 15,2 bilhões.
Com acesso aos chips da Qualcomm, a Huawei poderia voltar a fechar acordos com empresas sediadas nos Estados Unidos. Isso sem contar em outro fator importante: Donald Trump, principal opositor à companhia e responsável pelas sanções que causaram esse problemão à Huawei, está de saída da Casa Branca após a derrota para Joe Biden. Com a troca de governos, pode ser que as coisas fiquem um pouco mais amenas para o lado da companhia chinesa.
Nem a Huawei, nem a Qualcomm se manifestaram sobre os rumores.