Quem é Artemis? Conheça a deusa lunar que dá nome à missão da NASA
Quando a NASA nomeou como “Artemis”, o seu novo programa de exploração tripulada da Lua, o nome não foi escolhido em vão.
Há 50 anos, Abe Silverstein, ex-diretor do Centro de Pesquisa Glenn, da NASA, nomeou o programa Apollo em homenagem à Apolo, o deus grego do Sol. Segundo ele, a imagem do deus grego andando em uma carruagem pelo Sol parecia apropriada para demonstrar a grandiosidade de um programa espacial que tinha o objetivo de desembarcar os primeiros humanos em solo lunar.
Para o retorno atual à Lua, a agência espacial dos EUA também apostou no simbolismo e na mitologia. Como o novo programa tem como principal mote o de colocar a primeira mulher na Lua, a NASA achou apropriado escolher o nome da deusa grega Ártemis para a missão.
Ártemis era filha de Zeus, irmã gêmea do deus Apolo, e também deusa da Lua. Ela era uma deusa virgem do deserto e da caça, sendo representada portando um arco e flecha. A sua independência, coragem e força é vista, até hoje, como um símbolo de autoconfiança e protagonismo feminino.
Por falar em simbolismos, o logotipo do programa Artemis também está cheio deles. O “A”, por exemplo, é semelhante ao patch do programa Apollo e também representa a ponta da flecha da deusa Ártemis. O arco azul remete à Terra e ao arco da antiga deusa. O semicírculo cinza representa a Lua e a barra vermelha o caminho para Marte.
A mitologia grega nas missões da NASA
O uso de nomes mitológicos remonta desde as primeiras missões espaciais tripuladas da NASA. O programa Mercury, por exemplo, que levou os primeiros americanos ao espaço, fazia referência ao deus Mercúrio, o mensageiro de Zeus.
O programa Gemini, que antecedeu o Apollo, era nomeado em homenagem aos filhos gêmeos de Zeus, Castor e Pollux – que foram lançados ao céu para formar as duas estrelas brilhantes da constelação de Gêmeos. Foi neste programa que a NASA passou a lançar as primeiras espaçonaves que tinham a capacidade para levar dois astronautas.
A agência também adotou expressões mitológicas para seus foguetes, como o Atlas, usado durante o programa Mercury; Titan, no Gemini; e Saturn, no Apollo.
A exceção foi o programa dos ônibus espaciais, quando a NASA quis evocar um espírito de inovação, com nomes como Enterprise, Columbia, Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavor.
Com a Artemis, a NASA sinaliza que está dando continuidade ao seu antigo programa lunar. Porém, desta vez, ele será mais inclusivo, com uma maior participação não apenas de mulheres na exploração espacial, mas também pessoas de cor.