É fato: o trap superou o sertanejo! Recentemente, se tornou o gênero mais escutado no Spotify Brasil. O feito aconteceu graças a projetos recentes de nomes como KayBlack, Veigh, MC Cabelinho, Matuê e WIU. Estes artistas soltaram sons pesados nas últimas semanas, aumentando muito o alcance da cena.
Para quem não sabe, trap é um subgênero do rap que nasceu nos Estados Unidos. O som caiu no gosto do brasileiro e a cada dia ganha novas referências.
Mas você conhece essa turma que está dominando o mercado musical? Pensando nisso, o Giz Brasil mostra este resumão, apresentando cada um dos nomes que estão roubando a cena com o trap. Se liga só:
KayBlack
Kaique Menezes, ou simplesmente KayBlack, tem 23 anos e atualmente está entre um dos artistas mais ouvidos do Spotify Brasil. Ele é irmão mais velho de MC Caverinha, de 15 anos. Durante muito tempo, trabalhou compondo e produzindo músicas para o brother. No entanto, sempre ouvia das pessoas que devia se lançar também… Até que decidiu se arriscar artisticamente.
Em dezembro passado, os irmãos saíram na Forbes Under 30 como expoentes da música. O sucesso do som de KayBlack cresceu ainda mais com o EP “Contradições”, lançado nas pistas em 31 de março. O artista chegou a emplacar todas as sete faixas do projeto no Top 200 brasileiro do Spotify. O destaque vai para “Melhor só”, “Preferida” e “Segredo”, que aparecem dentro do top 15.
Recentemente a dupla de irmãos colocou na praça um single em parceria, intitulado de “Cartão Black”. A faixa já está na 5ª posição do TOP 50. E conta com mais de 956 milhões de plays. A faixa chegou acompanhada de um videoclipe assinado por Fernandezz.br.
Veigh
Outro nome que tem roubado a cena é Thiago Veigh, de 22 anos, cria de Itapevi, região oeste de São Paulo. Com o disco “Dos Prédios Deluxe”, teve a maior estreia da história do Spotify, com 6,5 milhões de reproduções. Superou até mesmo Anitta com o álbum “Version of Me”. Posteriormente, todas as faixas entraram para o top 50 da plataforma e dentre as nove que formam o disco, “Novo Balanço” e “Engana Dizendo Que Ama” entraram na lista de melhores estreias do ano.
A inserção no cenário musical começou ao lado do amigo Heitor, formando a dupla Constelação. Antes disso, era skatista e chegou a concorrer a alguns campeonatos do esporte. Além disso, trabalhou em telemarketing e vendedor de produtos cosméticos para bancar o sonho da música. O duo lançou quatro canções produzidas pela Covil Corporation, um estúdio com sede em Itapevi.
Na época, ele conheceu o produtor André Nagalli e decidiu lançar a primeira faixa fora do duo, intitulada “Indispensável”. A partir de 2019, ele se juntou a outros nomes em ascensão da cena e participou do feat com Yunk Vino e Jé Santiago na faixa “Pandora”. No ano seguinte, alguns lançamentos de Veigh passaram a ter mais destaque, como “Ricos em Breve”, “Dripper”, “20Minutes” e “Fender”.
Depois que fez um show no Festival Cena, em 2022, Veigh se tornou ainda mais conhecido e passou a expandir seu público. Pouco tempo depois, ele entrou no Radar Spotify, ganhando um documentário no YouTube sobre sua trajetória musical. Dai em diante, o cara não parou mais. Se liga no som:
MC Cabelinho
Victor Hugo Oliveira do Nascimento, mais conhecido como MC Cabelinho ou Little Hair, é carioca, tem 27 anos. Foi criado na favela do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, zona sul do Rio. O artista também impulsionou a carreira por boas atuações em novelas globais como a atual “Vai na Fé”. E, anteriormente, em “Amor de Mãe”.
Já trabalhou de estoquista em shopping, montou persianas e ajudou um tio a limpar oficina de carros. O apelido de Cabelinho veio aos 15 anos, quando começou a cantar, pelo cabelo sempre arrepiado e descolorido.
Em 2018 lançou seu primeiro álbum “Minha raiz”, com as participações de MC Orelha na faixa-título, DJ Mibi, Batutinha, entre outros. Já em gravou com Anitta o single “Até o Céu”. Em 2021 soltou o disco “Little Hair”, com 17 canções e presenças de Orochi, L7nnon, Filipe Ret e Dallass, e mais convidados. Depois, em 2022, soltou o álbum “Little Love”, com 13 faixas e participações de Baco Exu do Blues, Delacruz, Ludmilla e Gloria Groove.
Ele emplacou 11 das 13 músicas no Top 50 Brasil do Spotify, e o lançamento chegou a ser considerado a sexta maior estreia de um álbum da plataforma no país. E a melhor estreia de um álbum de rap da história do Spotify Brasil. Em maio deste ano, lançou a versão deluxe do álbum “Little Love”, com Oruam, Belo e Anitta.
Matuê
Matheus Brasileiro Aguiar, o Matuê, tem 29 anos e é criador do selo 30PRAUM. É de Fortaleza (CE) e ficou conhecido com o single “Anos Luz”, lançado em 2017 — e pelo álbum “Máquina do Tempo” de 2020. Aos oito anos de idade, se mudou com os pais para Oakland, na Califórnia. Voltou aos 11 com o inglês fluente.
Seu último lançamento, “Conexões de Máfia”, em parceria com o americano Rich The Kid, se tornou a maior estreia da história do YouTube no Brasil. A mesma música chegou ao primeiro lugar no Top 50 Brasil, no Top 50 Portugal e à 35ª posição no Top 50 Mundo no Spotify. No momento, o trapper está trabalhando no segundo álbum, ainda sem data para sair.
WIU
WIU é o nome artístico de Vinícius William Sales de Lima. Nascido em Fortaleza (CE) em 2003, se interessou por rap e música eletrônica por meio de trilhas sonoras de games como “GTA” e “FIFA Street”. Na escola, entrava em batalhas de rima que ajudavam a aprimorar seus versos freestyle.
Apaixonado por hip-hop desde cedo, trocou os videogames pelo programa de produção musical Fruity Loops. É um autodidata. Com 14 anos, em 2017, ainda sob o nome de W$LL, lançou no Soundcloud e YouTube o primeiro projeto (“Trvpical Mixtape”).
No mesmo ano, veio a mixtape “Neblina EP”. Aí Vinicius trocou seu nome artístico para WIU. Sua relação com o astro Matuê começou pelas redes sociais — até virar parceria oficial em 2019, sendo convidado pro selo 30PRAUM.
“Mantém”, sua parceria com Matuê, conta com 45 milhões de views em seu videoclipe. Atualmente ocupa três posições no TOP 50 Brasil do Spotify com as músicas “Coração de Gelo”, “Flow Espacial” e “Felina”.