Quer fugir do “Twitter de Musk”? Conheça o Mastodon
Quem está descontente com os novos planos que Elon Musk tem para o Twitter pode encontrar uma solução no Mastodon. A rede social vizinha ganhou quase 70 mil novos usuários depois que o bilionário sul-africano assumiu o controle do Twitter, na última sexta-feira (29).
Parecido com o Twitter, o Mastodon é uma plataforma descentralizada e de código aberto. Ela conta com recursos parecidos com o do Twitter: aba Explorar, seguidor, curtir, compartilhar. E os posts, que podem ter até 550 caracteres, são chamados aqui de “toots”.
Outro diferencial – que torna tudo mais interessante – é que, ao se inscrever, todos os usuários precisam escolher um servidor. Há vários espalhados pelo mundo, e também os divididos por interesses.
Era possível, por exemplo, escolher o servidor exclusivo para falantes da língua portuguesa (masto.pt). “Era”, porque, infelizmente, ele já está lotado. Ainda não há um servidor exclusivo para o Brasil, mas outros países já estão na plataforma, como Austrália, EUA e países da UE (União Europeia).
Se o seu interesse for gatos, cachorros, política, comunidade LGBTQIA+, Linux, tecnologia, animes, justiça social, cultura nerd ou música clássica, é possível que encontre um servidor sobre isso por lá – entre tantos outros.
Apesar dos servidores serem diferentes, isso não impede os usuários de circularem por todo o site. É como se fosse um e-mail: mesmo que o domínio seja Gmail, Hotmail ou Outlook, ainda é possível enviar e-mails para qualquer pessoa de qualquer lugar.
Sistema anti-queda
Enquanto o Twitter oferece um domínio privado central (twitter.com), os usuários do Mastodon acessam o serviço através do endereço de seus servidores.
Isso garante que a rede não enfrente quedas generalizadas, uma vez que todos os servidores são independentes entre si. Se um cai, os outros mantêm a rede ativa.
Os fundadores do Mastodon classificam essa singularidade como a principal proteção da rede. Como não há controle centralizado, a plataforma independe dos interesses pessoais e/ou financeiros de empresas.
Por causa disso, a plataforma também é mais econômica, o que significa que não precisa necessariamente se preocupar com a monetização ou lucro. Bem, pelo menos, não ainda.