Em centros de tráfego movimentado, como o Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, nos EUA, aviões podem passar um longo tempo esperando por sua vez de pousar. E em aeroportos como o de Galeão, no Rio de Janeiro, os pilotos precisam enfrentar trajetórias apertadas para evitar centros populacionais lotados e colinas na sua chegada. Mas graças a um novo ultrapreciso sistema de rastreamento por GPS, aeronaves não precisarão mais lidar com torres de controle sobrecarregadas e sinalizadores de navegação.
A tecnologia é conhecida como Performance de Navegação Requerida (RNP, da sigla em inglês). Ao contrário de sistemas de gerenciamento de tráfego da era Eisenhower e sinalizadores de radionavegação terrestres usados atualmente, a RNP usa a navegação por satélite GPS para rastrear aviões com uma precisão de 10 metros e 10 segundos antes da sua chegada. Ela também exige que aviões voem ao longo de rotas tridimensionais específicas (como o GIF abaixo), resultando em uma trajetória de voo mais eficiente para o avião, menos tempo de voo para viajantes e menos custo de combustível para companhias aéreas, além de menor emissão de gases do efeito estufa. Todo mundo ganha.
Dependendo de condições topológicas específicas, o nível de tolerância permitido por um RNP pode variar. Se uma área tem um RNP de 10, por exemplo, como acima de oceanos, toda a operação de aeronaves neste espaço precisa ser capaz de calcular as posições dentro de um raio de 10 milhas náuticas. Um RNP de .1, como no caso do Rio de Janeiro, significa que precisa ser resolvido em um décimo de uma milha náutica (1 milha náutica é o equivalente a 1.852 metros).