Ratos “riem” e gostam de brincadeiras, revela estudo

Pesquisa apontou ainda que os ratos são capazes "brincar" de forma complexa, semelhante ao observado em humanos
Ratos "riem" e gostam de brincadeiras, revela estudo
Imagem: Pexels/Reprodução

Cientistas da Alemanha descobriram que os ratos têm uma área do cérebro que é ativada após receber cócegas. A pesquisa também mostrou que eles adoram participar de brincadeiras.

De acordo com o artigo, publicado pela revista Neuron, os ratos chegam a “rir” quando recebem cócegas. Eles também ficam felizes com as brincadeiras, mas o som da “risada” é muito agudo para os humanos ouvirem.

No experimento, quando um rato estava brincando e recebendo cócegas, uma região do seu cérebro se iluminou com a atividade. Isso mostra que a região estava “ativada” com as atividades positivas e os animais estavam gostando do que faziam.

Porém, os roedores pararam de rir e seus neurônios escureceram quando foram colocados em uma plataforma alta e sob uma luz forte. Essas condições os deixaram ansiosos.

Esse tipo de estudo é importante para entender como o estresse afeta os cérebros de homens e mulheres. “De todas as classes de comportamentos dos mamíferos, a brincadeira é uma das menos compreendidas no nível neurobiológico”, explica Juan Pablo Lopez, professor da Karolinska Institutet e um dos autores do artigo.

Entenda a pesquisa

O estudo se concentrou em analisar a região da substância cinzenta paraquedutal (PAG, na sigla em inglês). Ela é responsável pelas reações de corrida e perseguição.

A equipe monitorou a atividade cerebral dos ratos com eletrodos cerebrais. Os fios implantados permitiam que os animais se movimentassem livremente. Além disso, um microfone ultrassônico suspenso monitorava suas risadas.

Os pesquisadores conseguiram impedir o funcionamento dos neurônios na região do cérebro que era ativada quando os ratos brincavam, ao injetar uma substância. Isso fez com que os animais parassem de “rir” quando recebiam cócegas.

A pesquisa apontou ainda que os ratos são capazes de “brincar” de forma complexa, semelhante ao observado em humanos. Inclusive, seria possível ensinar ratos a brincar de esconde-esconde, por exemplo. Os roedores também precisam se sentir livres para brincar.

“Humanos e animais precisam se sentir livres para brincar, é por isso que não pudemos conduzir nosso estudo em animais com cabeça presa”, concluiu o estudo.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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