O Brasil terá que investir US$ 47 bilhões de dólares – cerca de R$ 230 bilhões – para recuperar florestas em seis biomas, segundo estudo publicado no último domingo (6). O cálculo leva em consideração que deveríamos plantar 12 milhões de hectares de florestas para alcançar as metas do Acordo de Paris, firmado em 2015.
A estimativa é do Instituto Escolhas, uma entidade com sede na cidade de São Paulo que desenvolve estudos relacionados ao desenvolvimento sustentável no país. Na primeira análise, feita em 2016, o instituto previu que o reflorestamento no Brasil exigia um investimento quatro vezes menor. Ou seja, aproximadamente 10,7 bilhões de dólares.
A maior fatia do investimento ficaria com a Mata Atlântica, que demanda uma recuperação de 5 milhões de hectares. O bioma é seguido pelo Cerrado, cuja área de recuperação ideal é de 3,4 milhões de hectares, e da Amazônia, cuja área é de 2,1 milhões de hectares. Caatinga, Pampa e Pantanal vêm depois na lista, com 834 mil, 471 mil e 39 mil hectares respectivamente.
Recuperar 12 milhões de hectares de florestas, de acordo com especialistas do Instituto Escolhas, significa eliminar 4,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Isso porque a fotossíntese das árvores pegaria esse carbono para transformá-lo em galhos, folhas e raízes.
Segundo Sérgio Leitão, diretor-executivo do Instituto Escolhas, essa quantidade é equivalente ao dobro das emissões de carbono do Brasil nos anos de 2020 e 2021. Além disso, a entidade aponta que, para atingir tal recuperação florestal, o país precisaria firmar um compromisso de longa data. Isso resultaria na geração de empregos, além da redução de emissões de carbono.
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