Dos mais de 3,2 milhões de visitantes estrangeiros no Brasil entre janeiro e maio de 2024, 74.181 turistas do Reino Unido estivaram no país. O local foi o nono que mais emitiu turistas para o território brasileiro, com um aumento de 17,4%, de acordo com a Embratur, do MTur (Ministério do Turismo), e da PF (Polícia Federal). Porém, apesar da quantidade elevada de viajantes, o governo britânico não recomenda viagens para diversas regiões do país.
Para garantir uma experiência turística segura aos seus cidadãos, o site do governo do Reino Unido possui páginas de aconselhamentos para quem deseja viajar para países do exterior. Um desses é lugares o Brasil, onde o governo da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte alertam para perigos nas principais regiões turísticas.
De acordo com o site, o FCDO (Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento) desaconselha as viagens, exceto as essenciais, para o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e o Nordeste. Veja:
Sudeste e Centro-Oeste
No Rio de Janeiro, a página alerta para protestos na Praia de Copacabana, milícias e crime organizado, bem como furtos em Copacabana, Ipanema, Lapa e Santa Teresa. O site ressalta ainda tiroteios em operações policiais e balas perdidas perto de favelas (citando a área próxima à Zona Sul e a Maré). Além disso, citam problemas com “água da torneira”, aconselhando o uso apenas de água de garrafas.
Em São Paulo, o governo do Reino Unido também menciona protestos que podem interromper o fluxo de estradas e transporte público. Isso, inclusive a caminho do Aeroporto Internacional de Guarulhos e, principalmente, na Avenida Paulista e no Centro Histórico. Eles apontam os locais como comuns para furtos entre cidadãos britânicos, além da Rua Augusta, Catedral da Sé, Praça da República e Estação da Luz.
O mesmo vale para Brasília. Na capital brasileira, o alerta é para furtos na estação central de ônibus, centros comerciais central e sul e manifestações na Esplanada dos Ministérios.
Norte e Nordeste
No estado do Amazonas, o FCDO desaconselha viagens fluviais ao longo do rio Amazonas e seus afluentes a oeste de Codajás e a leste de Belém do Solimões, em qualquer parte do Rio Itaquaí, Rio Japurá ou afluentes e Rio Negro e afluentes ao norte ou oeste de Barcelos.
“Há riscos para viajantes em áreas fluviais em direção ao oeste do estado do Amazonas, onde o Brasil faz fronteira com a Colômbia, Peru e Venezuela, devido à atividade criminosa”, diz o texto. Além disso, destacam a necessidade de seguir os procedimentos de segurança e usar coletes salva-vidas para evitar acidentes.
No Nordeste, segundo o órgão, os incidentes mais comuns são roubos em quartos de hotéis e motéis, incluindo assaltos. O governo desaconselha andar por áreas desertas e recomenda pegar táxis após o pôr do sol, evitando assim caminhar.
Eles também avisam sobre chuvas fortes em todas as regiões do país, sobretudo durante de novembro a março (e de abril a julho no Nordeste). Isso porque elas podem levar a inundações repentinas, bem como deslizamentos de terra em montanhas perto da costa, como o Rio de Janeiro, por exemplo.
“Siga os avisos das autoridades locais que são exibidos em placas de rua digitais e enviados para hotéis e albergues. Chuvas fortes e inundações também podem ocorrer fora das estações chuvosas designadas, em qualquer região do país. Evite viajar na estrada durante chuvas fortes”, acrescenta outro trecho do texto.