
Revelada a devastação que o furacão Ian fez no fundo do mar

O furacão Ian atingiu os Estados Unidos no final de setembro. Seus ventos de aproximadamente 240 km/h geraram inundações pela Flórida e deixaram mais de um milhão de casas sem energia elétrica.
A devastação não foi sentida apenas em terra. Uma análise realizada pelo Instituto de Oceanografia da Flórida mostra que o furacão destruiu recifes artificiais – empregados na reabilitação de habitats – e permitiu a proliferação de algas nocivas.
A equipe explorou a vida marinha no Golfo do México durante seis dias. Segundo a Associated Press, Ian deixou danos que se estendem a até 48 quilômetros da costa sudoeste da Flórida. Antes do furacão, a região era conhecida por ser um dos melhores destinos de pesca em água salgada do país, o que significa que o desastre pode trazer ainda danos econômicos.
O fenômeno que caracteriza a proliferação de algas nocivas é conhecido como maré vermelha. O nome se dá devido a formação de manchas escuras na água. Segundo os cientistas, o problema foi identificado nas regiões de Punta Gorda, Boca Grande e na ilha de Sanibel.
A maré vermelha já ameaça peixes-bois nos condados de Sarasota e Charlotte. Até meados de outubro, 719 animais haviam morrido na Flórida, em comparação com 982 espécimes que morreram em todo o ano passado. Diante desse cenário, ativistas pedem que as autoridades invistam em soluções para melhorar a qualidade da água e preservar o ecossistema marinho.