Robô bípede da NASA é testado para entrar na missão Artemis

O Valkyrie contribui para acelerar desenvolvimento de tecnologia robótica da NASA. Robô pode até ir para Lua e participar da missão Artemis
Robô bípede da NASA é testado para entrar na missão Artemis
Imagem: NASA/Johnson Space Center/Divulgação

A NASA apresentou o seu primeiro robô bípede que pode viajar até a Lua. Batizado de Valkyrie, o projeto é conduzido em parceria com o Centro Espacial Johnson, vinculado à agência, e vem sendo desenvolvido desde 2013. Agora, o robô foi enviado para ser testado na Austrália, e tem potencial de contribuir com a programa Artemis no futuro.

O robô chegou na cidade australiana de Perth no último dia 6 de julho. Engenheiros testarão suas capacidades nas instalações da Woodside Energy, uma companhia petrolífera do país.

A agência espacial quer aproveitar a experiência da empresa para aprimorar seus projetos de robôs. O objetivo é que eles funcionem melhor em ambientes sujos e perigosos, como as condições presentes na Lua.

De acordo com a NASA, testar o robô — que tem 1,8 metros de altura e pesa 125 kg — contribuirá para o desenvolvimento da robótica e automação para uso no espaço.

Posteriormente, a ideia é levar os robôs para missões da Artemis. Iniciado em 2017, o programa tem o objetivo de levar astronautas novamente à Lua. Isso não acontece desde a missão Apolo, nos anos 1960 e 1970. Segundo a NASA, os robôs podem ser úteis, tanto em missões Artemis quanto para outros objetivos de robótica baseados na Terra.

Além disso, os testes na Austrália também fornecerão dados valiosos para os engenheiros da NASA sobre o uso de robôs avançados em aplicações terrestres semelhantes.

“Essas demonstrações avaliarão o potencial atual de robôs avançados para estender o alcance dos humanos e ajudar a humanidade a explorar e trabalhar com segurança em qualquer lugar”, disse em Shaun Azimi, líder da equipe de robótica do Centro Espacial Johnson, da NASA, em comunicado.

A importância do projeto

A agência espacial norte-americana espera aplicar o conhecimento adquirido para “acelerar o amadurecimento da tecnologia robótica”. A ideia é melhorar as ferramentas de controle remoto e desenvolver robôs totalmente autônomos, já que o atraso na comunicação entre a Terra e Marte dificulta o controle dessas máquinas.

Na prática, o Valkyrie e outros robôs móveis avançados podem ser instrumentos fundamentais na exploração espacial. A NASA espera que eles façam trabalhos perigosos, com os astronautas sendo poupados de tarefas monótonas e repetitivas.

Dessa maneira, os humanos podem apenas supervisionar a operação e trabalhar em tarefas de nível superior.

“Temos o prazer de iniciar a próxima fase de desenvolvimento e teste de sistemas robóticos avançados que têm o potencial de impactar positivamente a vida na Terra, permitindo operações mais seguras em ambientes perigosos”, destacou Azimi.

O Valkyrie é o primeiro robô humanoide bípede da NASA, projetado para realizar tarefas vitais em ambientes perigosos para humanos, tanto no espaço quanto na Terra.

Robôs móveis operados remotamente na superfície lunar e de Marte podem permitir que operadores realizem na Terra atividades importantes, mesmo quando os astronautas não estão fisicamente presentes. Essas atividades incluem inspeção e manutenção de infraestruturas, além de plantas que utilizam recursos e materiais para produzir novos itens.

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